Capítulo Seis

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Não sei como diabos consegui a proeza de ficar invisível, mas sei que veio a calhar

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Não sei como diabos consegui a proeza de ficar invisível, mas sei que veio a calhar. Consigo despistar Jones com facilidade nos três minutos em que isso dura.

Quando volto a ficar visível, percebo que estou perdido. Sei para onde estou indo, mas não sei como chegar lá. Preciso de alguém que esteja disposto a me ajudar.

Começo a procurar pelos corredores, cada vez mais perdido a cada volta que dou. Então minha esperança retorna quando encontro alguém conhecido, sentado em um banco enquanto lê um livro e come uma maçã.

Me aproximo do jovem rapaz de cabelo e pele negra. Por sorte, sou bom com nomes.

— Oi. Seu nome é Darius, certo? — Sorrio amigavelmente para o rapaz que retribui o gesto. Faço o máximo que posso para esconder minha urgência e aflição.

— Ah, olha quem está aqui! O ex chefe gostoso. — Ele sorri, me olhando de cima a baixo.

Engulo em seco.

— É assim que Jones me chama? — Pergunto, genuinamente curioso.

Ele ri, fechando o livro.

— Não, é assim que eu te chamo. — Ele responde e sinto uma pontada de decepção, mas não sei porquê — Ela te chama de sádico megalomaníaco.

Não posso evitar sorrir de canto. Estou passando a gostar desse apelido.

— Pode me chamar de Anthony. — Sento ao lado dele com as mãos nos joelhos.

— Vou te chamar de Tony. Você tem cara de Tony. — Dou de ombros, aceitando o apelido — O que posso fazer por você, Tony?

Respiro fundo. Ele é amigável, mas não deve ser bobo. Ele não irá se colocar em risco para ajudar a mim. Preciso ser mais esperto.

— Jones salvou minha vida. Se não fosse por ela, o Drua teria me matado. Eu gostaria de fazer algo por ela em troca. — Minto descaradamente. Darius pode não querer me ajudar, mas certamente ele fará de tudo para ajudar sua preciosa Alura — Mas preciso da sua ajuda.

O olhar dele se ilumina.

— Você está pensando em um presente de aniversário? Deveria perguntar à Rekha, ela sabe tudo sobre o gosto de Alura. — Ele dá uma mordida em sua maçã.

— Não, na verdade eu quero dar à ela algo melhor. — Eu o encaro firmemente e observo sua expressão de confusão mudar para uma de surpresa logo antes dele cair na gargalhada.

— Ah, você é muito atraente, Tony, mas acho que ela nunca vai se interessar por você.

Franzo o cenho. Ele pensa que quero transar com Jones? Nem nos meus piores pesadelos.

— Não, Darius, quero devolver a memória dela. — Eu o corrijo, quase irritado.

— Ah, entendi! — Ele arregala os olhos e assente, concordando antes de olhar em volta e sussurrar — Você não precisa se preocupar com isso, a Sacerdotisa está cuidando disso.

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