As escoltas de Corinna não permitem que eu vá até o quarto de Alura, o que me deixa extremamente ansioso, mas preciso ter calma. Agora que sei o que ela quer, não posso, de jeito nenhum, dar a entender quem ela é.
Ou ela estará em grande risco.
Sou escoltado até o Templo de Eskilden, onde encontro todos os outros seis Sacerdotes me esperando, todos em suas túnicas e capuzes ao redor de uma grande mesa com nove lugares para Corinna, Alura, os seis Sacerdotes e eu.
O Sétimo Sacerdote de Eskilden.
Depois que fiz meus votos e fui aceito como um deles, mesmo depois de ter deixado o Sul eles não podem me substituir. Não enquanto eu estiver vivo.
— Bem-vindo de volta, irmão. — Vardemus, o Primeiro Sacerdote e o mais velho, abre os braços para mim, me recebendo com um dos seus.
Sua barba certamente cresceu e envelheceu nos últimos quinhentos anos.
Olho em volta e procuro por ela. Não a vejo. Apenas Corinna ao lado do Sexto Sacerdote, Briaxer.
Franzo o cenho ao ver que ele tem um leve corte na bochecha. Procuro por outros ferimentos em seu corpo e vejo marcas de unhas em seu pescoço.
Meu corpo inteiro se arrepia.
O ar esquenta ao nossos redor e minhas tatuagens brilham no mesmo instante.
— Onde está a emissária? — Pergunto com uma voz calma, porém pronto para matar a todos.
Os Sacerdotes se entreolham, mas posso ver a verdade nos olhos de Briaxer.
— Filho, do que está falando? — Vardemus pergunta com uma voz doce e amigável.
Ele sempre foi o mais gentil comigo, me tratava melhor que todos os outros. Ele era meu favorito.
Ergo a mão na direção dele e uma força invisível segura Vardemus no ar e aperta seu pescoço.
— Você tem cinco segundos pra me dizer onde ela está ou eu mato o Primeiro Sacerdote. — Com os olhos presos em Corinna, espero que ela esteja ciente de que não importa o quanto eu tenha apreço por Vardemus, estou disposto a matá-lo para proteger a nortenha.
Mas quando ela abre um sorriso satisfeito, percebo a terrível verdade.
Ela já sabe disso.
— Ela estava sendo uma garota má, então a mandei pra um lugar onde ela pudesse relaxar. — Ela responde se servindo de vinho.
— Onde? — De maxilar trincado, aperto ainda mais o pescoço de Vardemus, agitando os outros Sacerdotes.
Corinna ergue uma sobrancelha e sorri de canto.
— Cropolis.
Arregalo os olhos e relaxo a mão. Vardemus cai no chão, retomando o fôlego e os outros Sacerdotes correm para acudi-lo.
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Estrela do Norte
FantasySiastar está em guerra há mais de quinhentos anos, dividida ao meio pela famosa Muralha, uma faixa de tijolos e magia que divide o sul e o norte. Divide o povo. O lado norte é a casa da realeza, da nobreza, dos guerreiros iluminados e da heroína do...