20| Deslumbrada

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― O que foi? Há alguma coisa errada? ― Ele ficou estático.

― Não, quer dizer, sim! Eu não tomo pílula. ― Ponderei por um segundo, talvez eu devesse considerar a ideia.

Christopher se moveu buscando pela sua calça e retirou da carteira um pacote de preservativo.

― Parece que alguém também estava com grandes expectativas ― comentei arqueando uma sobrancelha, um sorriso malicioso brotava em meus lábios.

― A semana inteira esperando por esse momento, olha só o que você faz comigo?

― Eu? Que culpa eu tenho se o seu sangue foi todo para... a Princesa Sofia ― respondi provocativa.

― Princesa Sofia? ― Ucker estreitou os olhos na minha direção enquanto rasgava com a boca o preservativo.

Tão sexy que prendi o ar por um instante, sem oxigênio para raciocinar direito, assim que terminou de encapar o membro, seu corpo másculo se aproximou do meu que parecia tão frágil.

― Vou me lembrar disso mais tarde, aliás, cansei de ser bonzinho... ― Pressionou seu quadril contra o meu, manifestando o quanto continuava rígido.


Ah Deus, por que fui provocar? Não estava pronta para algo mais selvagem, não hoje, apertei um lábio no outro me afundando no colchão, sendo encurralada.

― Será que o Rei Guerreiro deve castigá-la pelo tamanho insulto? ― o rapaz murmurou, sua voz enviando calafrios pela minha espinha ao colar a boca no meu ouvido.


A sensação do seu hálito quente na minha orelha era eletrizante.

― O Rei Guerreiro aceita um pedido de desculpas? ― mencionei, entrando em seu jogo.

Minhas mãos espalmaram em suas costas largas, no mesmo tempo que Christopher parecia considerar.

― E se eu pedir com jeitinho, ele aceita? ― Encostei meus lábios nos dele, roçando sua pele devagar.

Em seguida, minhas unhas arranharam seu dorso de uma maneira delicada, descendo pela lateral do corpo do rapaz.

― O Rei Guerreiro é conhecido por ser generoso... Mas sua dívida ainda não foi quitada, doce donzela.

― Ah não? ― eu disse baixinho próximo a sua boca. ― Então tenho um pagamento para acertar!

Logo depois, empurrei-o para o lado, então minhas mãos seguraram seu membro enrijecido o conduzindo até o meu centro úmido. Ucker agarrou minha cintura quando friccionei nossas intimidades, estimulando um pouco antes de introduzi-lo por completo. Lentamente movi o corpo, deslizando pela sua espessura para me acostumar e assim que me senti confortável, alterei a posição ficando por cima dele. Enquanto, o rapaz pressionou os dedos na minha pele, apertando-me com firmeza contra seu quadril, um resmungo sensual escapou de sua garganta.

― O Rei Guerreiro gostaria de cavalgar? ― murmurei, rebolando de uma forma impetuosa.

Christopher levantou o tronco, seus olhos me encaram na mesma hora que um sorriso travesso se desenhou nos lábios dele. Enganchando uma mão no meu cabelo e a outra espalmou nas minhas nádegas, o estalo reverberou no ambiente.

― Inferno, Dulce... ― Em seguida, mordeu meu pescoço. ― Você está me enlouquecendo.

Essa era a intenção! Continuei aumentando a velocidade das investidas, o que ocasionou algumas lamúrias da nossa parte. Ecoando pelo quarto se misturando com a música da caixinha de som. Nossos corpos suados e unidos pareciam ser feitos sob medida, pois se encaixavam de uma forma tão perfeita, imersos na busca pelo prazer inigualável. Eu estava à mercê de suas vontades, sentindo-me completamente desejada. As palavras sussurradas em meio aos beijos, das carícias, dos gemidos eram como um combustível para a chama que ardia entre nós. Por sorte, a noite apenas começava, tínhamos todo o tempo do mundo para nos perdermos um no outro outra vez.

Acordei entrelaçada no corpo do Ucker, seu calor me mantinha aquecida em um aconchego bom. Eu me aproximei, fungando o nariz no pescoço dele, um sorriso bobo desenhava nos meus lábios. Feliz por resolver esse capítulo das nossas vidas, agora poderíamos pensar em um futuro juntos.

― Dulce Maria, você acabou comigo! ― A voz rouca do rapaz ecoou perto do meu ouvido enquanto suas mãos me apertavam contra si. ― O que aconteceu com aquela menina que eu conheci? ― Ele abriu os olhos, parecia espantado.

― Continua por aqui, em algum lugar. ― Soltei uma risadinha. ― Essa é a nova Dulce.

Nossa, nunca imaginei que ouvir as histórias do Christian teriam uma utilidade, refleti balançando a cabeça.

― Muito prazer, nova Dulce ― Christopher veio ao meu encontro, sua boca encostou na minha.

Esse era seu jeito de começar a manhã? Uma bela forma...

― Bom dia ― respondi entre um selinho. ― O que você quer fazer hoje?

― Recuperar o tempo perdido ― murmurou ao acariciar meu rosto, seu tom insinuativo não passou despercebido.

― Ucker, estou faminta ― comentei sabendo onde ele queria chegar com isso. ― Já devem ser mais de dez horas.

― Eu também estou faminto! ― Mordeu meu maxilar enquanto suas mãos desceram pela minha cintura.

― Depois do café, podemos aproveitar mais. ― Eu me afastei, levantando da cama. Peguei sua camiseta azul-marinho e a vesti.

Em seguida, o rapaz veio atrás de mim, assim que colocava a calça jeans, recebeu uma chamada no celular.

― Já volto ― explicou ao olhar a tela do aparelho, saindo do quarto.

― Ok.

Aproveitei para checar minhas mensagens.

Annie: E aí como foi a conversa?

Estou começando a me preocupar...

DULCE!?

Ela havia enviado horas atrás... Eita! Eu nem pude respondê-la, pois logo sua ligação apareceu no visor.

― Caramba, foi por pouco que não dirigi até aí ― a loira declarou. ― Não desejava atrapalhar vocês igual das outras vezes, mas quase mudei de ideia.

― Digamos que as coisas esquentaram aqui, então...

― Dulce Maria! ― Anahí gargalhou, no instante que se recuperou engatou outro assunto. ― Eu queria convidar os pombinhos para saírem mais tarde, em um encontro de casais, só que pelo visto não vão sair do quarto tão cedo.

― Se eu conseguir convencer o seu irmão de sair do quarto, nós vamos ― comentei brincando, nós rimos por um segundo.

― Agora me fala da conversa, como foi? ― Annie perguntou curiosa.

Narrei para ela tudo, tirando as partes picantes e após encerrar a ligação me encaminhei para a cozinha. Preparei o café, arrumando a mesa, para esperar pelo Christopher, não demorou muito para que ele aparecesse, vestia uma calça de moletom preta, blusa branca, no estilo que eu mais gostava: descontraído. Eu dei uma mordida em uma torrada, reparando em sua expressão, havia algo ali que me perturbou, como se o rapaz tivesse levado outro soco no estômago. Um pequeno alerta ressoou na minha mente, entretanto eu quis ignorar, estava deslumbrada demais com o meu faz de contas.

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Esses dois me matam, sério kkk Dulce Maria, princesa Sofia!? Soocorro.... Ih, será que teremos problemas no paraíso? Me contem ai o que acham. 

Vejo vocês na sexta-feira, até mais amores ;* 

Coração FeridoOnde histórias criam vida. Descubra agora