Talvez Muito Ciúmes | Mailila G!P

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M.M

— Minha filha! — Minha mãe sussurra após fechar a porta.

Estico o corpinho do Léo em minha cama.

Fico olhando para ele enquanto dormia, eu tentava reprimir aquela dorzinha que ainda me corroía, uma angústia. Sinto minha mãe tocar meu braço levemente.

— O que aconteceu, hum? — Me sento na cama e ela faz o mesmo. — Maiara, a onde está?

— Não sei, mamãe. — Olho para ela sentindo meus olhos marejarem novamente naquela noite.

— Vocês brigaram?

— Nós terminamos.

Sua face relaxa e ela solta um longo suspiro. Sua mão afaga de leves meus cabelos.

— Me conte o que aconteceu, por favor.

— Eu, ela e o Léo...— Faço um resumo — E ela saiu, eu pedi para não me esquecer, ela disse um jamais, não sei se está em nossa casa, e-eu não sei de mais nada...— Lágrimas escorreram em minhas bochechas, abaixei a cabeça.

— É difícil...e você acha que desta vez tem volta? — Perguntou, levantando meu queixo me fazendo olha-lá.

— Mãe...tem que ter volta, é o que eu mais quero nesse momento, quero saber se ela está bem, onde está...mas não vou ligar, ela disse que queria espaço, então vou dar. — Olho para minha aliança — Por mim, isso nunca saíra daqui.

— Realmente, ela precisa de espaço. — Segura minhas mãos — Você se lembra de como vocês eram apaixonadas quando eram ainda do tamanho do Léo? — Flashbacks começam invadir minha mente.

Flashbacks •

— Ali a maih! — Apontei para Maih, falando com a Amanda, minha melhor amiga depois da Maiara.

— Porquê ela 'ta me olhando daquele jeito, Lila? — Amanda pergunta e coloca a mão em meu ombro.

Olhei em direção onde ela olhava, minha irmãzinha de consideração. Ela olhava com uma cara de que eu tinha feito a pior coisa do mundo.

— É, não sei. — Respondi — Mandinha, fique aqui, vou lá! — Desci do banco indo até lá.

Quando eu estava chegando perto, ela agarra sua maçã verde e começa a catar suas coisas para se retirar.

— Ei, maih! — Paro em sua frente barrando-a. — O que aconteceu contigo? 'Ta brava? — Afasto as coisas e sento ao seu lado.

Ela nem se quer me olha.

— Máh! Me olha! — Peço, querendo chorar, não gosto dela triste comigo, minha irmãzinha ela...

— Porque você não fica lá com aquela chata!? — Joga a maçã no chão, ela ta doida?!

— Pereira, o que é isso!? — Pego sua maçã que agora, estava completamente suja.

— Nada, Li-Malila!' — Ela me chamou de Marília, ela tá muito brava!

— Se você não quer falar, tudo bem! — Pulo do banco com ódio.

Ela me 'besligou!

— Porquê fez isso!? Corta agora! — Junto meus indicadores e mando ela cortar!

— Aquela INSUPORTÁVEL DA SUA AMIGA, FICA COM ELA ENTÃO! — Gritou e passou o dedo com tudo cortando bem cortado e saiu correndo.

Off •

— Eu dou risada até hoje com isso, como você nunca percebeu, filha?! — Minha mãe solta uma risada, até eu me distrai um pouco com essa lembrança. — Maiara sempre foi assim, você que não percebia, e veja só, hoje estão casadas!

— Acho que estamos...— Brinco com meus dedos distraidamente. — Eu ligo?

— Não, vá dormir, está tarde. — Se levanta e beija minha testa dá uma última olhada no Léo e vai até a porta. — E, Marília? — Chama se virando, resmungo — Durma. Não quero te ver andando pela casa tomando vinho de madrugada, igual da ultima vez. Por Deus, eram seis horas da manhã e você bebia desde as uma hora.

Concordei.

Ela saiu.

Esperei uns minutos e fui pegar o vinho.