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3 meses depois.
M.C

Desde toda aquela situação, eu não
falava com Marília, não porque ela não me procurou.

Muito pelo contrário, ela me manda mensagem todos os dias, me perguntando como estou e tal. Eu nunca respondo e, mesmo assim ela não desiste.

Não posso negar que isso me corta por dentro, eu sinto falta de como tudo era antes...Também, desde aquele dia que eu não vi mais o meu pequeno. As mídias já sabem de tudo, acabou se espalhando, não tem jeito...

Mas hoje, obrigatoriamente, teríamos que fazer uma reunião do projeto Patroas 35%. Por causa de todo esse tumulto, meio que ficou de lado, e as datas estão próximas, só está faltando uns ajustes para acabarmos.

E a dona principal de tudo isso, a responsável, é a Marília. Então, hoje querendo ou não, eu tenho que me encontrar com ela.

— Metade?! — escuto batidas em minha porta, digo para entrar.

Olho-a.

— Meu carro quebrou. — disse, se sentando no pé da cama.

— Ué, sem problemas, tem o meu.

Ela suspirou.

— Com problemas, eu acho...— falou, receosa. O que ela aprontou? — Eu perguntei para Marília, se ela poderia passar aqui para nos buscar, e ela aceitou. — Ah não.

— É sério?! Você nem se quer me perguntou! Sabe que tem o meu carro. — sentei-me.

— Você não acha que já passou dá hora de vocês se acertarem? — colocou uma mexa de cabelo atrás da orelha — Eu tenho a plena certeza de que tudo aquilo na casa da Ruth, não passou de um engano. Dava para ver pelo olhar dela que o que ela almeja, é voltar tudo como era antes.

— E se elas ficaram? — e de repente, várias hipóteses começaram a invadir minha mente. — Eu escutei com todas as palavras, que eu estraguei tudo, que a culpa era minha e mais um monte de merdas.

— Mas, se você estivesse no lugar dela, o que você faria? — perguntou. Ela tem razão, talvez eu faria o mesmo, ou até pior.

Fiquei em silêncio.

— Entendeu? São pequenas coisas que geram grandes desentendimentos. — Escutamos uma buzina. Era ela.

— Não adianta recuar, vamos.

Nem escolha e nem saída eu tinha.

Quando colocamos o pé para fora de casa, quase caí para trás. Que mulher gostosa.

Por um momento, minha vontade foi pular em seu pescoço, começar a tirar sua roupa e fazer um sexo bem feito. Deu água na boca ver ela com aquele short jeans. Suas coxas definidas, chamavam a atenção de qualquer um.

— Se mexe, Maiara... — ouvi um cochicho de Maraisa e em seguida, um belisco fininho.

Ouch! — reclamei — Qual o seu problema?

— Estamos aqui, há uns três minutos vendo você olhando para as pernas da Lila — Estamos?

— Estam...

Talvez Muito Ciúmes | Mailila G!POnde histórias criam vida. Descubra agora