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M.M

Anteontem, Léo começou a dar sinais de febre e fraqueza sem motivo algum. Todos os dias ele pedia para nós orarmos que a Maiara chegasse logo. Ele chorava de espernear, por ela. Gritava seu nome aos quatro cantos de casa.

Ele se apegou a ela de um jeito inexplicável.

Toda hora ele vinha me perguntar sobre ela.

Se ela ainda era a laranjinha dele. Que horas a laranjinha chegava...e foi assim, durante esses dois dias pra cá.

E hoje ela finalmente está à caminho.

De tanto esperar e resmungar, ele acabou dormindo.

A campainha tocou e meu coração faltou saltar, pensei que ela havia chegado, mas não. Não era ela.

Lembram daquela mulher meio chatinha do parque? A Estella? Pois é.

— Olha, Estella...minha mulher chega à alguns minutos, se puder dizer o que tem pra dizer, diga logo. — eu já tinha cansado das nossas brigas, e se posso evitar, né?!.

— Nossa...

— Nossa não, minha mulher.

Ficamos conversando alguns minutos. Era mais ela falando e eu respondendo

Desviei meu olhar para a calçada.

A X1 preta encostou. O carrão da porra novo da Maraisa.

Era ela.

Me bateu uma tensão quando percebi que a chata não parava de tagarelar e eu sabia que iria levar esporro da Maiara depois.

— Licença, minha esposa cheg...— Minha fala some imediatamente quando vejo a mesma sair com uma cara de sono, porém nada legal.

— Maiara... — Deu um riso forçado e logo acenou — Bom, o papo estava maravilhoso, mas a...eu preciso ir! — Ela acabou se embolando nas palavras, apenas finalizou que precisava ir.

Eu apenas forcei um sorriso também para ela, sabe porquê? Porque eu senti que ela iria chamar a Maiara de alguma maneira imprópria, mas óbvio, não em minha frente.

Logo elas vieram caminhando. Maraisa parecia querer rir e a Maiara parecia estar nada contente.

A morena apressou o passo quase correndo até mim, deixando a irmã para trás.

— Prepara os ouvidos, o discurso está vindo! — Deu risada e entrou.

Maiara andava me encarando dentro dos olhos, sem desviar um segundo se quer.

— Que que houve? — Digo assim que ela parou em minha frente.

Ela abraçou meu pescoço e eu coloquei minhas mãos em sua cintura. Ficamos nos olhando por logos segundos, olho no olho.

— Que que a Estella estava fazendo aqui? — foi direta, reta e curta.

— Amor, ela...— Maiara nem me deixou terminar.

— Deixa, deixa pra lá! Não estou afim de me estressar. — E entrou.

Me deixando ali, plantada na porta.

Imaginei tudo totalmente diferente. Ela vindo me abraçar, e a gente se beijava e abraçava com tanto carinho e saudade.

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⏰ Última atualização: Mar 26 ⏰

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Talvez Muito Ciúmes | Mailila G!POnde histórias criam vida. Descubra agora