52 - Simon

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Tinhamos acabado de gozar quando Olívia adormeceu em meus braços, não consegui dormir, acendi o abajur e fiquei olhando para ela, absorvendo cada traço de seu corpo. Percebi o quanto nossa separação foi ruim para Olívia também, percebi agora o quanto ela perdeu peso e o quanto parece doente, meu coração se apertou e eu me senti péssimo, fiz isso com nós dois.

Não sei por quanto tempo fiquei pensando em como preciso melhorar se formos ficar juntos, eu quero muito ficar com ela para sempre a partir de agora. A respiração de Olivia começou a acelerar e ela começou a se mexer e se encolher, olhei em seu rosto e percebi que estava tendo um pesadelo.

- Liv... Liv, acorda.

Olívia despertou assustada e levou um tempo até perceber onde estava. Ela me olhou corando.

- Eu não gritei... Gritei?

- Não... - lembrei do que o seu pai me disse uma vez quando o ex a deixou - Você voltou a ter crises?

- Sim... Desde que você terminou comigo. -meu coração se apertou.

- Me perdoa por tudo isso Olivia... Eu fiz justamente o que tinha dito que não faria, que seria te magoar assim.

- Está tudo bem.

- Não está... Só em saber que você voltou a ter crises de ansiedade por minha causa, me faz perceber que eu sou um idiota.

- Diminui bastante nesses últimos dias... Eu comecei a fazer terapia. - ela disse e eu segurei sua mão.

- Isso é bom...

Ficamos em silêncio por um tempo, apenas imersos em pensamentos, deitados um de frente para o outro. É muito bom ter Olívia agora mas não sei o que vai acontecer em seguida, beijei sua mão.

- Espero muito que você me perdoe, Liv... Não consegui esperar você expor o que sentia com relação a nós dois, a sua incerteza me magoou, mas se você me quiser de volta, prometo não te magoar de novo.

- Eu sofri muito sem você, senti muito a sua falta e senti que estava no fundo do poço, isso só mostra que não consigo mais viver longe de você Simon, percebi que poucas coisas na minha vida fazem sentindo sem você.

Meu coração disparou, dei um sorriso feliz por ela sentir o mesmo que eu, por saber que poderíamos ter uma nova chance. Puxei seu corpo para junto do meu.

- Então, isso é um recomeço?

- Sim... Quero muito ficar com você.

Beijei devagar os seus lábios e depois a encarei.

- Gostei do seu cabelo novo.

- Gostei da barba, mas prefiro sem, assim posso ver suas covinhas.

Sorrimos um para o outro e ela me puxou para um beijo, depois ela ficou me olhando com o rosto quase colado ao meu, alisei suas costas.

- Você doou quinhentos mil dólares para a oncologia... Nem sei como agradecer.

- Não precisa... Fiz por você, pela Júlia e por aquelas crianças.

- Você é maravilhoso. - ficamos um tempo em silêncio - Que horas são?

- Três e pouco... Você dormiu por uns vinte minutos.

- Achei que tinha sido mais.

- Então pode voltar a dormir.

- Estou mais afim de fazer outra coisa... - ela sussurrou com a boca encostada na minha.

- E o que seria?

- Você me dando um outro orgasmo.

Olívia deslizou sua mão pelo meu peitoral até chegar no meu pau que endureceu na hora, ela fez movimentos de vai e vem, fechei os olhos apreciando seu toque, senti seus lábios macios no meu pescoço, me dando sucções leves mas que me deixaram pronto para ela, suas mãos continuavam me provocando até eu não aguentar mais. A pressionei contra o colchão, comecei a sugar seus seios, Olivia gemeu baixinho, beijei e chupei sua pele, desci minha mão até o meio de suas pernas e vi que ela já estava bem molhada, voltei a ficar em cima de seu corpo de novo e entrei nela. A sensação de estar dentro de Olívia é indescritível, não consigo encontrar palavras, perco o fôlego e o sentido de onde estou, só consigo senti-la e nada mais.

- É tão bom... Tão perfeito. - falei e ela me abraçou.

- Sim, perfeito.

- Senti tanta falta disso...

Me movimentei devagar prolongando nosso prazer ao máximo, apenas nossos corpos unidos, dividindo a mesma respiração, suas mãos me tocavam em toda parte e a cada toque eu me refazia, como se Olivia estivesse juntando cada parte quebrada e quando gozamos juntos, senti que nada poderia ser melhor do que ter Olívia em meus braços.

Acordei desorientado, passei a mão do lado e encontrei apenas o vazio, sentei na cama e cocei os olhos.

- Olivia?

Levantei da cama, entrei no banheiro e depois do closet mas não a encontrei, saí do quarto e fui para a cozinha apreensivo e ela também não estava lá, voltei para o quarto, vesti a cueca e uma camiseta, ia ligar para Olívia quando ouvi a porta bater, corri para a sala e fiquei aliviado ao vêla entrando com uma bandeja.

- Oi... Bom dia. - ela falou e eu fui até ela.

- Bom dia...

- O que foi? - ela perguntou ao me ver parado.

- É que... Nossa... Eu pensei que você tinha voltado atrás e me deixado.

- Agora não tem mais volta Simon... - ela respondeu e se aproximou - É sério... Não consigo deixar você.

- Que bom... Nós não vamos sair desse apartamento hoje, não matei minha saudade. - ela sorriu.

- Isso é cárcere...

- Não me importo... Só quero passar o dia inteiro só com você. - respondi e seus olhos brilharam.

- Por mim está perfeito.

- O que você tem aí? - perguntei quando fomos para a cozinha.

- Fui na minha casa pegar comida, acordei faminta e você não tem quase nada aqui.

- Eu quase não comi em casa esses dias, fiquei trabalhando e nas folgas ficava na rua. - confessei e ela me olhou de novo.

- Eu também... Precisamos fazer compras, na minha casa só tinha pão, algumas frutas e queijo.

- Ótimo... Vamos comer isso.

Fizemos sanduíches e café, depois fomos para o sofá e ficamos um longo tempo conversando sobre tudo nesse mês que passamos longe um do outro. Tudo isso foi muito doloroso mas agora eu acredito que realmente podemos ter um futuro juntos, quando nossos assuntos por hora acabaram, reparei no que Olivia usava, estava com seu sobretudo da noite passada, abri os botões e fiquei surpreso ao ver que ela não usava nada por baixo.

- Não acredito que você foi até o seu apartamento sem nada por baixo. - comentei e ela riu.

- Estou adorando esse seu lado ciumento, Simon.

- É sério Liv.

- Só são dois lances de escadas e não havia ninguém.

Fiquei observando seu corpo nu e vi algumas manchas avermelhadas na pele, as marcas que eu deixei e senti um certo orgulho masculino, coloquei a mão sobre o seu coração e batia rápido, Olivia me olhava.

- Nossa... Eu te amo. - falei baixinho enquanto admirava seu corpo.

- Achei que ainda estava chateado com minha vestimenta.

- Ah eu estou... Primeiro, você me deixa sozinho na cama e ainda sai de casa com apenas um sobretudo, isso não se faz senhorita Baker.

- E o que vai fazer doutor Clarckson?

- Posso pensar em várias coisas... - segurei o cinto do seu casaco - Poderia te amarrar na cama com isso.

Suas pupilas dilataram de desejo e ela me puxou para junto de seu corpo.

- Acho que iria gostar disso.

- Não me provoque Olivia. - ela sorriu maliciosa.

- Sou toda sua, doutor Clarckson.

Fiquei de pé e peguei Olivia no colo, a tirando do sofá e a carregando para o quarto, mais uma vez esquecendo o mundo e todo o resto.

Insistindo no AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora