018

1.1K 109 116
                                    

"Secrets I have held in my heart
Are harder to hide than I thought
Maybe I just wanna be yours
I wanna be yours, I wanna be yours"

I wanna be yours
Artic Monkeys

Isla

Finalmente eu havia voltado pra minha casa, depois de mais alguns dias de observação no hospital. Eu não aguentava mais a energia triste daquele hospital.

Pra ser sincera, eu odeio hospitais desde que meu pai sofreu o acidente. Eu não sai do seu lado em momento algum e acabei ficando doente também; depressão.

Foi um época difícil, mas já tinha passado. Agora eu estava muito melhor, mais disposta, entretanto ainda tinha que me recuperar da pequena cirurgia em minha mão.

Minha família estava me tratando como uma boneca de porcelana, não me deixavam fazer nada. Eu amo eles, mas eu não gostava me sentir uma inútil, sem poder fazer nada.

Eu precisava ficar sozinha, então subi para o meu quarto. Sentada no sofá da minha varanda, eu apenas observava a bela paisagem da cidade que eu tinha o privilégio de ter.

Ouvi batidas na porta e imaginei que seria um dos meus pais vindo me checar pela milésima vez.

- Entra! - permiti sem me dar o trabalho de ir ver quem era.

A porta do quarto do abriu e logo a figura de Mason surgiu no meu campo de vista.

- Oi. - ele disse baixo.

- Oi. - cumprimentei tentando não sorrir como uma idiota. - Meus pais mandaram você?

- Sim e não.

Eu o olhei confusa.

- Não entendi.

- Eles já foram mas pediram para eu ficar e cuidar você. - explicou andando até onde eu estava.

- Eu não preciso de babá, Mount.

- Eu sei que não. Mas eu vou ficar mesmo assim. - disse com convicção e se sentou ao meu lado.

- Por quê você é tão insistente?

- Por quê você é tão teimosa? - ele rebateu e me fez revirar os olhos.

Mason focou sua atenção para a paisagem, mas eu mantive meus olhar nele. Eu nunca admitiria isso em voz alta, mas eu senti falta de cada pequeno detalhe desse idiota.

- Mason. - chamei, fazendo seu olhar se voltar pra mim novamente.

- Sim?

- O que você disse no hospital é verdade? - perguntei e percebi seus olhos se arregalarem.

- Você... você ouviu o que eu disse?

- Pois é. - contei e ele desviou o olhar do meu. - Sabe, minhas lembranças daquela noite eram um pouco vagas até eu ouvi o que você disse. Foi você quem eu beijei e não o Lando, não é?

- Isla...

Ele não precisou dizer mais nada, eu o conhecia o suficiente para saber que eu estava certa.

- Eu sabia. - disse com um misto de irritação e incredulidade. - Por quê não me disse? Por quê me deixou pensar que era outra pessoa quando era você?

- Você estava apaixonada por ele, Isla.

- E também magoada. - o lembrei. - Caramba, Mason, as coisas poderiam ter sido tão diferentes.

- Diferentes como? Você tava quase cega de amor por ele. Não importa o que eu dissesse ou fizesse, não ia mudar nada. - ele se defendeu.

- E se mudasse? Você nem tentou.

Um silêncio se instalou entre nós e pela mágoa em seu olhar, eu soube que minhas palavras haviam o afetado de alguma forma. Me arrependi de imediato.

- Eu não devia ter dito isso. Me desculpa.

- Tudo bem, você tem razão. Eu fui um covarde na época. Fiquei com medo do que tava sentindo, assim como fiquei quando percebi que ainda estava ali. Eu sinto muito, de verdade.

Com cautela, Mason se aproximou e tocou meu rosto.

- Mas eu tô aqui agora, Isla. Eu tô bem aqui, com você. E vou ficar se você quiser.

Coloquei minha mão sobre a sua e a acariciei. Eu via a ansiedade em seu olhar e temor pelo o que eu poderia dizer a seguir.

- Eu quero. - minha voz saiu baixa, quase inaudível. Ele nem me ouviria se não tivesse tão perto. - Fica comigo.

- Eu vou ficar. Com certeza.

Por fim, nossos lábios se tocaram e foi como uma explosão de felicidade no meu estômago. Sua mão agarrou minha nuca com força e sua língua explorou cada canto da minha boca.

Nossa, como eu senti falta disso. Do seu beijo, do seu cheiro, do seu toque, de tudo. E como sempre acontecia, as coisas entre nós começaram a ficar quentes e eu esqueci da minha mão.

- Aí, aí, aí. - murmurei após forçá-la un pouco. - Merda.

- Vamos com calma, okay? - Mason disse arrumando um mecha do meu cabelo para trás. - Temos todo o tempo do mundo agora.

Esse homem realmente existe? Porque eu acho que ele é um sonho musculoso e de boa lábia. Ele deixou um beijo na minha têmpora e me abraçou forte, me prendendo em seus braços.

Era aconchegante e seguro ali, não queria sair nunca mais. Ficamos abraçados por alguns minutos até a campainha da minha casa começar a tocar.

Eu bufei.

- Quem será? - tombei minha cabeça para trás, fazendo drama.

- Deve ser seus pais vindo chegar você de novo. - ele brincou. - Eu vou atender, já volto.

Após um selinho rápido, ele deixou meu quarto e foi atender a porta. Não demorou muito para que eu fosse atrás dele, já que ouvi meu estômago roncar alto.

Desci as escadas ainda lembrando dos lábios de Mason nos meus e com um sorriso bobo no rosto, que logo sumiu quando eu cheguei ao último degrau a tempo de ver a porta se abrir.

- Lando?

- Mason?

Permaneci imóvel, sem saber o que fazer, enquanto alternava meu olhar sobre os ingleses. Isso não podia está acontecendo. Eu acabei de me acertar com Mason e nem pude aproveitar.

Que merda.

- Puta madre.*

Sim, esses dois não tem um momento de paz😣

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sim, esses dois não tem um momento de paz😣

DAYLIGHT || Mason MountOnde histórias criam vida. Descubra agora