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Isla

Mason estava estranho e não é de hoje. Eu já havia reparado em como ele ficava nervoso quando falava ao telefone em suas ligações misteriosas e como ele sempre parecia no mundo da lua.

Não queria parecer invasiva, mas eu sabia que tinha algo de errado, só esperava que ele confiasse o suficiente em mim para me dizer o que de fato estava acontecendo.

A família de Mason havia voltado para Londres hoje mais cedo e agora estava apenas eu e ele. O jogador estava concentrado nas panquecas que fazia e eu apenas o observava.

- Mason? - chamei, me sentando na ilha da cozinha logo atrás dele.

- Hum?

- Eu fiz alguma coisa errado? - fui direito ao ponto. Ele parou o que estava fazendo e se virou para me encarar.

- O quê? Você não fez nada de errado.

- Então, por quê você tá estranho comigo? Mal me olha ou me toca.

Eu não era de admitir esse tipo de coisa, mas eu já estava tão acostumada com a forma carinhosa que ele me tratava que quando ele não fazia isso, parecia que gostava menos de mim.

Mason suspirou pesadamente,  caminhou até mim e se encaixou entre as minhas pernas, segurando meu rosto. Sim, era desse tipo de contato que eu sentia falta.

- Me desculpa por fazer você se sentir assim. Não é nada com você.

- Tem certeza?

- Tenho. - ele beijou a ponta do meu nariz e eu acariciou minha bochecha.

Por mais que eu quisesse acreditar nele, lá no fundo, algo me dizia que estava acontecendo alguma coisa que ele não estava me contando. Mas por enquanto, eu decidi deixar quieto.

- Você sabe que pode me contar tudo, não é?

- É, eu sei, amor.

Ele sorriu e movimentou seu rosto para mais perto, juntando nossos lábios. Talvez essa fosse sua maneira de encerrar esse assunto e que bela maneira.

O jogador fazia pressão na minha nuca enquanto sua língua explorava cada canto da minha boca. Minhas mãos escorregaram para debaixo do seu moletom e arranharam sua costa.

- É desse toque que você tava falando? - perguntou com um sorriso brincalhão.

- É. - concordei.

- Como tá sua mão?

- Ela tá ótima e não vai me impedir da fazer nada.

- Que bom. Vamos poder resolver nossas pendências mais tarde.

- Eu vou cobrar. - disse veemente.

- É claro que vai. - ele me deu um último selinho e voltou seu foco para as panquecas.

Me senti frustrada, mas América e Charles chegariam a qualquer momento e eu ia odiar se eles nos pegasse em um momento íntimo. Desci da bancada e fui arrumar a mesa para o café.

Não muito tempo depois, ouvimos a campainha tocar e eu fui atender. Assim que abri a porta encontrei minha melhor amiga e o piloto monesgasco logo atrás dela.

- Meri! - pulei em seus braços e ela teve que se equilibrar para não cairmos.

- Oi, Amber. - ela riu.

Assim que a soltei, fui cumprimentar Charles com um abraço. Ele e América tem uma história complicada, mas ele está aqui me parecia ser um sinal positivo.

- Que bom que vocês vieram. - Mason falou apertando de leve meu ombro e eu percebi ele meio tenso.

Nem parecia o mesmo Mason que estava me provocando na cozinha. Sua mudança de comportamento era estranho e uma grande red flag para mim.

- Espero que estejam com fome, porque preparamos um banquete. - disse ao segurar a mão de América e puxei para ir comigo até a área da piscina. Os rapazes nos seguiram.

🌟

Apesar da conversa e das risadas animadas, eu sentia que havia um clima tenso entre América e Mason, talvez fosse coisa da minha cabeça ou de fato estava acontecendo alguma coisa.

- Meri, pode me ajudar? - Mason pediu quando de levantou para recolher a louça suja.

- Claro.

Eles pegaram tudo e foram para cozinha, me deixando sozinha com Charles.

- Você não acha que eles estão meio estranhos? - perguntei para ele.

- Meio? Você quer dizer bastante, não é? - ele retrucou e assenti, me sentindo mais aliviada. Pelo menos, eu sei que não tô paranoica.

- Acha que eles estão escondendo alguma coisa?

- Você acha? - devolveu a pergunta tão curioso quanto eu.

- Não faço ideia, mas eu vou descobrir.

Me levantei da cadeira, determinada, e segui em direção a cozinha, onde os dois estavam. Charles me seguiu.

- O que você vai fazer? - ele segurou meu braço, me impedindo de entrar no cômodo.

- Eu...

Merda. Eu não tinha nada em mente. Seria muita burrice entrar naquela cozinha e dizer, ou fazer, alguma besteira.

- Eu não sei. - confessei.

- Então, vamos pensar. Nada de agir por impulso.

Bom, agir por impulso era minha especialidade e Charles sabe disso, mas eu não precisei fazer muita coisa, porque parados no corredor nós conseguíamos ouvir as vozes de Mason e América.

- Não acredito que vai andar pra trás agora. Mason, a ideia foi sua e tinha razão. Eles precisam saber.

Eles? Eles quem? Charles e eu?

- Não sei se consigo fazer isso.

Sem conseguir me conter, fugi da vigilância de Leclerc, e adentrei a cozinha.

- Fazer o quê? - perguntei, atraindo a atenção deles para mim. Ambos ficaram surpresos com nossa presença.

Mason soltou um suspiro pesado, passando as mãos pelo rosto, já América parecia pensar bem no que diria a seguir. O silêncio deles me deixava impaciente.

- Será que alguém pode dizer que droga tá acontecendo? - insisti, dessa vez, mais rude.

- Certo, tudo bem. - América respirou fundo antes de prosseguir. - Vocês lembram daquele festa em Mônaco, no ano passado?

Charles e eu assentimos.

- Sim. O que têm?

- Naquela noite, Charles e Charlotte haviam reatado o namoro depois de um término breve e eu fiquei mal, ou melhor, péssima. Então, eu bebi mais do que devia e eu... eu acabei fazendo besteira.

- Que tipo de besteira? - o monegasco indagou.

América olhou para Mason com receio e isso fez com que os pontos começassem a se ligar na minha cabeça. Eles não fizeram o que eu acho que fizeram, não é?

Mount olhou diretamente nos meus olhos e então disse:

- Nós ficamos.

Um clima tenso entre os brothers😬

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Um clima tenso entre os brothers😬

DAYLIGHT || Mason MountOnde histórias criam vida. Descubra agora