[first book of the eras boys' serie]
Isla Alvarez sempre acreditou que seu relacionamento estava sólido, até o dia em que descobre a traição do namorado. Devastada, mas determinada a não sair como a vítima, ela decide que é hora de dar o troco e se...
Depois que Isla saiu do hospital e voltou pra casa para continuar sua recuperação, eu tive que voltar para Manchester e desde então já se passaram uma semana.
Era estranho não tê-la por perto, mas eu tinha que me acostumar que nosso relacionamento seria dessa maneira porquê querendo, ou não, temos profissões muito distintas.
Sinceramente, eu não fazia ideia de como seria as coisas daqui pra frente quando Isla voltasse a competir e ficasse meses fora. Mas eu não queria pensar nisso agora.
O que importa é que estamos criando algo bom entre nós e esperava que continuasse assim.
- Meu casal finalmente está junto! - Leonor me abraçou animada assim que terminei de atualizá-la.
- Quem diria que Mason Mount tinha um coração. - Declan brincou e eu lhe mostrei o dedo do meio.
- Muito engraçado. - fui sarcástico.
- Não leva pro pessoal, bebezão. Também tô feliz por você. - ele disse, apertando minha bochecha. - E eu tô curioso pra conhecer a garota milagrosa que fez você se apaixonar.
- Quando vamos conhecê-la? - Lenny perguntou curiosa.
- Você já conheceu ela. - a lembrei.
- Não, eu conheci Isla, a pilota. Agora eu quero conhecer Isla, a namorada do meu melhor amigo.
- Bom, sobre isso... o nosso relacionamento não tá muito bem definido. - contei coçando a nuca.
- Como assim?
- Eu não fiz o pedido formal, então teoricamente, não é nada sério... ainda. - completei.
- Nosso bebê tá crescendo, Dec. - a morena fingiu limpar uma lágrima e eu revirei os olhos.
- A gente criou ele muito bem. - Declan entrou na onda dela e os dois riram.
- Quando vai fazer o pedido?
- Logo. Eu só preciso resolver uma coisa antes. - contei e olhei as horas no relógio da parede. - Eu tenho que ir.
Deixei o copo com o resto da bebida que Declan ofereceu assim que cheguei em cima do balcão. Em seguida, caminhei até a sala para pegar meu casaco e poder ir.
- Pra onde, exatamente?
- Desde quando você ficou tão intrometida? - encarei Leonor com a sobrancelha erguida.
- Desde quando você ficou tão misterioso? - ela retrucou, cruzando os braços.
- Controla sua prima. - disse olhando diretamente para Declan.
- Eu já desistir a muito tempo. - ele deu de ombros.
- Vejo vocês depois. - foi a última coisa que eu disse antes de deixar a casa do meu melhor amigo.
🌟
Assim como o combinado, América me encontrou na cafeteria que ficava na esquina da minha casa. Pedimos dois café e nos sentamos em uma parte mais privada do estabelecimento.
- Obrigado por ter vindo.
- De nada. Mas confesso que eu tô curiosa. - ela disse se arrumando na cadeira. - O que era tão importante?
- Olha, eu sei que nós combinamos de nunca mais tocar naquele assunto, mas agora é preciso.
- O quê? Mason, não. Por quê voltar nesse assunto agora?
- Porque o Lando insinuou pra Isla que eu tô escondendo algo. Quando ela me perguntou, eu inventei uma desculpa mas não posso mentir pra ela pra sempre. E nem quero.
- Tinha que ser aquele cabeçudo. - murmurou extremamente irritada. - Como ele sabe?
- Ele não estava tão bêbado quanto aparentava. - contei e ela suspirou, passando as mãos pelo rosto.
- Você vai contar pra Isla?
- Eu preciso. Mas queria que você soubesse, afinal, ela é sua melhor amiga.
- Acha que ela vai entender? - perguntou com certo receio.
- Acho que sim, não tem porque não entender. Nós estávamos bêbados e confusos naquela noite. Não significou nada pra nenhum dos dois. Além disso, eu gosto de verdade da Isla e você tá com o Charles.
- Se você contar pra ela, eu vou ter que contar pro Charles. E as coisas entre nós não estão muito bem, ultimamente.
- Vocês brigaram?
- Foi uma discussão idiota. Vamos nos resolver logo.... eu espero. - ela disse a última parte em voz baixa, mas eu consegui ouvir perfeitamente. - Quando pretende contar a ela?
- Ela vem pra Inglaterra em alguns dias pra resolver alguns trâmites e vai ficar na minha casa. - contei e América sorriu de forma genuína. - Que foi?
- Seus olhos brilham quando você fala dela. Você faz ela feliz e eu te agradeço por isso.
- Eu moveria céus e terras por ela. Se depender de mim, Isla nunca mais vai se machucar de novo. - disse com convicção.
- Confio na sua palavra. Mas acho melhor você esperar ela se recuperar completamente antes de contar. Não vamos encher a cabeça dela com preocupações desnecessárias, pode ser? - ela quase me implorou com o olhar de cachorro pidão.
Eu suspirei.
- Tudo bem. Eu posso esperar mais um pouco.
- Ótimo. - América falou, aparentemente mais aliviada. - Agora, me conta. Como foi o pedido?
- Bem, eu... eu ainda não fiz o pedido. - cocei minha nuca sem jeito e vi seus olhos quase saltarem para fora.
- O quê? Por quê?
- Eu preciso resolver isso primeiro. - expliquei apontando para nós dois.
- Tudo bem. - suspirou e se ajeitou melhor na cadeira. - Não vou fazer você esperar, não é justo.
- O que isso quer dizer?
- Vamos contar pra eles, juntos. Porque eu não vou conseguir sozinha.
- Tem certeza? - perguntei com cautela.
- Tenho.
Eu sorri agradecido e ao mesmo tempo aliviado.
- Obrigada, Meri. - segurei sua mão e ela apenas sorriu sem mostrar os dentes. - Você é demais.
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