Isla Alvarez sempre acreditou que seu relacionamento estava sólido, até o dia em que descobre a traição do namorado. Devastada, mas determinada a não sair como a vítima, ela decide que é hora de dar o troco e se vingar de uma forma inesperada. Com u...
"I don't wanna let go I know I'm not that strong I just wanna hear you Saying, "Baby, let's go home" Let's go home Yeah, I just wanna take you home"
Hold on Chord Overstreet
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Mason
Eu odeio hospitais tanto quanto odeio pessoas desocupadas falando da minha vida na Internet. As paredes brancas sem vida, o barulho alto dos pib nos aparelhos médicos, mas principalmente o choro. Tudo era tão triste.
Mas dessa vez, eu não tive escolha. Eu tive que ir até hospital, eu tinha que ver Isla. Depois do acidente, eu não consegui pensar em mais nada então peguei o primeiro avião que me levou direto para a Holanda.
Até aquele momento não havia nenhuma notícia sobre o estado de Isla e isso me deixava extremamente ansioso. Meu pé batia sem parar contra o chão, sem que eu pudesse controlar, e minhas estavam trêmulas.
Eu odiava aquela sensação.
- Posso sentar? - ouvi uma voz ao meu lado e quando ergui o olhar encontrei os olhos azuis de América.
- Pode, claro. - concordei e assim ela fez.
Um silêncio inquietante se instalou entre nós. Isso porque eu sabia que América devia estava chateado comigo por conta das fotos que vazaram. Mas foi só quando eu senti sua mão sobre a minha que eu relaxei.
- Obrigada por ter vindo. - a garota murmurou baixo. - É importante pra ela.
- É importante pra mim também. - afirmei dando um leve aperto em sua mão. - Alguma notícia?
- Os pais dela foram com o médico, mas ainda não voltaram. - contou tombando a cabeça pra trás. - Eu tô cansada de esperar. Quero saber como ela está.
- Ela vai ficar bem. - tentei tranquilizá-la e a mim também. - Ela tem que ficar bem.
Olhei para o corredor e reconheci os pais de Isla se aproximando. Rapidamente, nós nos colocamos de pé e fomos até eles.
- E então? Como ela está? - Arthur perguntou agitado.
- A cirurgia foi um sucesso, mas ela... ela... - a mãe dela não conseguiu terminar a frase e começou a chorar.
- Isla está em coma. - contou e eu senti meu peito se apertar.
Seu Roberto a abraçou de lado e se segurou para não cair no choro também. Eu sabia que aquilo devia está sendo muito difícil para ele, já que foi assim que ele se aposentou.
América segurou ainda mais forte minha mão e eu ouvi quando ela fungou baixo. Arthur se aproximou e a envolveu em um abraço.
- Ela vai passar a noite aqui e vai ser transferida para um hospital em Barcelona amanhã. - ele continuou. - Temos que voltar e cuidar de todos os trâmites, mas alguém tem que ficar com ela.
- Eu fico. - me propus.
- Certeza? - Maria perguntou enxugando seu rosto.
- Claro.
- Obrigada, querido. - ela me abraçou forte demonstrando que de fato se sentia agradecida. - Agora eu entendo o porquê a minha filha gosta tanto de você.
Essa informação me pegou de surpresa. Me afastei lentamente e a olhei um tanto confuso.
- A Isla falou de mim?
- Ela não precisou. Eu vi nos olhos dela e vejo nos seus também.
Foi inevitável não sorrir ao ouvir aquilo.
- Cuide bem da minha filha, rapaz. - Roberto falou ao apertar minha mão.
- Pode deixar, senhor.
🌟
Assim que abri a porta do quarto, encontrei uma Isla completamente diferente. Ela estava pálida e seus lábios roxos. Ela parecia tão sem vida e eu odiava vê-la dessa forma.
Puxei uma poltrona para perto da cama, me sentei e segurei sua mão, que estava um pouco gelada. Senti um nó se formar na minha garganta, mas me mantive firme.
- Oi, señorita. - comecei fazendo carinho na sua mão. - Aqui é o Mason. Eu não sei se você tá me ouvindo, mas eu vou ficar aqui com você essa noite. Não vou sair do seu lado até que você esteja bem. Eu prometo.
Toquei seu rosto e arrumei uma mecha do seu cabelo para trás.
- Talvez você tenha visto as fotos, talvez você me odeie agora, talvez eu... - parei por um momento sentindo meus olhos encherem de lágrimas - talvez eu tenha culpa por você está aqui. E eu sinto muito.
No fundo, eu tinha uma estúpida esperança de que Isla acordaria e me xingaria com algum palavrão em espanhol que eu com certeza não entenderia.
Qualquer coisa era melhor do que o silêncio.
- Eu preciso de você. Eu preciso que você saiba que eu... eu estou apaixonado por você. Sempre estive, na verdade. Você mora nos meus pensamentos desde que eu te vi pela primeira vez naquela festa em Ibiza.
Fiz uma pausa e engoli em seco.
- Me lembro de tudo como se fosse ontem. Você usava um vestido azul decotada e parecia completamente deslocada, então eu me aproximei. Nós conversamos e você riu das minhas piadas, mas o seu coração já tinha dono naquela época.
"Acho que eu sempre soube que eu era louco por você, mas eu reprimir esse sentimento por anos porque era o certo a se fazer. Só que depois daquela noite em Barcelona, eu não pude mais lutar contra o que eu sentia."
Apertei sua mão de leve e deixei escapar um soluço.
- Eu devia ter dito tudo isso antes, mas eu não queria que você se sentisse pressionada. Por isso eu preciso que você acorde, pra que eu possa dizer tudo isso olhando nos seus olhos. Por favor...
Me levantei um pouco e deixei um beijo no canto dos seus lábios.
- Eu só quero levar você pra casa.
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