017

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Barcelona, Espanha
Dias atuais.

Mason

Três dias haviam se passado e Isla ainda estava no estado de coma. Como o prometido, eu não sai do seu lado em momento algum porque esperava ser a primeira pessoa que ela visse quando acordar.

Não aguentava mais vê-la nessa situação. América estava do outro lado da cama, passando um pano molhado sobre o rosto da melhor amiga. Ela também ficou ao lado de Isla durante todo esse tempo.

Sr. e sra. Alvarez passariam essa noite com ela para que nós dois pudéssemos descansar um pouco, mas sinceramente, eu não estava nenhum pouco afim de ficar longe dela enquanto ela não acordasse.

- Você quer ir comer alguma coisa? - América perguntou. - Eu posso ficar com ela.

- Não tô com fome. - murmurei.

- Você não come nada ja faz horas, Mason. Se continuar assim, vai acabar ficando doente. - disse séria e, bem, eu sabia que era verdade.

- Não quero sair do lado dela, Meri.

- Certo. Então, eu vou sair pra comprar algo pra gente comer, pode ser? - propôs e eu assenti.

- Pode.

- Ótimo, eu vou lá. - disse pegando sua bolsa e seu casaco. - Me liga se tiver novidades, tá bem?

- Claro. - concordei.

América beijou minha bochecha e saiu do quarto, me deixando sozinho com Isla. Analisei seu rosto sem expressão e senti meu peito se apertar. Por quê ela não acordava?

- Você tá sendo uma garota muito preguiçosa, sabia? - brinquei. - Por favor, acorda logo.

Deitei minha cabeça sobre nossas mãos dadas com um nó formado em minha garganta. E foi então que eu senti seu dedo mexer, achei que tinha sido apenas um espasmo, como vinha acontecendo mas não era.

Quando levantei meu rosto, encontrei os olhos verdes de Isla, me encarando com um grande ponto de interrogação estampado em seu rosto. Meu coração começou a palpitar mais rápido e a euforia tomou conta de mim.

- M-mason? - sua voz saiu um pouco arrastada. - O que... o que aconteceu?

- Ah, meu Deus. - murmurei incrédulo e me estiquei para apertar o botão que chamava a enfermeira. - Isla! Você acordou!

- É, eu acordei. - sorriu minimamente. - Como eu vim parar aqui?

- Você não lembra do acidente?

- Não muito. Só me lembro de está pilotando, depois disso tudo é um breu. - disse e fez um careta.

- Você tá com dor? - perguntei preocupado. - O médico já tá vindo.

- Eu tô bem. Só cansei de ficar deitada e me sentir inútil.

Eu acabei rindo, pelo menos eu sabia que a boa e velha Isla ainda estava ali apesar de tudo.

- A quanto tempo eu tô assim?

- Três dias. - contei e seus olhos se arregalaram.

- Droga. - xingou baixo. - Eu perdi a liderança do campeonato, não é?

- Você é inacreditável, Alvarez. O campeonato não importa agora, o que importa é que você fique bem. Entendeu? - toquei seu rosto e acariciei sua bochecha.

- Entendi. - ela concordou.

Logo a porta do quarto se abriu e as enfermeiras, juntas com o médico se aproximaram para examinar a garota. Eu me afastei um pouco para poder ligar para os seus pais e contar a boa notícia.

Me sentia aliviado, mas acima de tudo, muito feliz por vê-la bem.

🌟

A notícia sobre Isla ter saído do coma se espalhou rapidamente e em menos de um hora as visitas de família e amigos não pararam em nenhum momento. Isla estava com seus pais agora, eles precisavam desse momento.

Já América e eu estávamos sentados no meio-fio do estacionamento, divindo o lanche que ela havia comprado. E, nossa, eu estava morrendo de fome, não estava tendo apetite nos últimos dias.

- Esse é o melhor hambúrguer que eu já comi na vida. - disse depois de está completamente satisfeito.

- Olha só, o seu brilho até voltou agora que a Isla acordou. - ela comentou. - Eu gosto mais desse Mason.

- Eu também. - concordei sorrindo que nem um idiota.

Estava terminando de beber meu refrigerante, quando vi Nicolas caminhando em minha direção. Seu semblante também havia voltado a se iluminar. Todos estavam mais leves agora.

- Como ela tá? - indaguei.

- Ela tá bem. Na verdade, pediu pra ver você.

- Eu já tô indo.

Nicolas me ajudou a levantar e fiz o mesmo com América. Em seguida, me despedi dos dois e voltei para dentro do hospital. Quando cheguei no quarto, encontrei as gêmeas sentadas de cada lado da cama, conversando com Isla.

- Tia, quando você vai voltar pla casa? - uma delas perguntou, acho que foi a Cora.

- Logo, meninas. Vocês não vão se livar de mim tão cedo. - Isla brincou e todas riram.

Dei duas batidas na porta aberta, chamando atenção de todos dentro do quarto.

- Tio Macey! - Rebecca e Cora desceram da cama e vieram me abraçar.

- Oi, meninas.

- Minhas pequenas, vamos deixar o tio Mason e a tia Isla conversarem, tá bem? - Maria pediu com cautela para as gêmeas.

- Tá bem. - responderam juntas e sem reclamar.

- Obrigado. - agradeci com apenas o movimento dos lábios.

Assim que a porta se fechou atrás de mim, eu aproximei da cama onde agora a espanhola estava sentada e parecia muito melhor.

- Desde quando você virou o tio Macey? - perguntou com um olhar e um sorriso brincalhão.

- Sabe, eu tive muito tempo pra conhecer a sua família. - retruquei. - Você me assustou.

- Eu sei, me desculpa. - ela colocou a mão sobre a minha. - Obrigada por ter vindo e por estar comigo.

- Eu sempre vou estar com você, señorita, mesmo que não queira. Sempre.

Ela me mostrou aquele sorriso do qual eu tanto senti falta e que fazia meu coração querer pular para fora do peito. Naquele momento eu soube, que estávamos bem.

Por livre e espontânea pressão, aqui está o capítulo que vocês tanto pediram😊

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Por livre e espontânea pressão, aqui está o capítulo que vocês tanto pediram😊

DAYLIGHT || Mason MountOnde histórias criam vida. Descubra agora