DAYLIGHT || Mason Mount

026

Abu Dhabi, EAU

Isla

Eu odiava fofocas, principalmente, quando eles envolvem meu nome. Não é a primeira vez que espalham inverdades sobre mim, mas dessa vez, passou dos limites.

- Isso é inacreditável! - exclamei irritada andando de um lado para outro, quase abrindo um buraco no chão do quarto.

- Isla, você tem que se acalmar. - Nicolas pediu.

- Como eu posso me acalmar? Tem milhares de páginas insinuando que eu só consegui uma proposta porque eu dormir com alguém importante. De onde tiraram essa mentira?

- Eu sei, isso é absurdo, mas você não pode surtar agora. Qualquer coisa que você fizer ou dizer, vai ser munição para esses abutres continuarem te atacando.

- O que eu devo fazer então?

- Você não vai fazer nada, Daisy vai lidar com tudo isso. Se tocarem nesse assunto, você desconversa.

- O importante agora é manter sua imagem limpa. - Daisy, minha agente de marketing, instruiu. - Então, nada de se envolver em polêmicas enquanto isso.

- Que tipo de polêmica?

- O seu relacionamento com o Mason, ninguém pode saber. Ainda não. Vai gerar uma grande atenção que nós não queremos agora.

- Isso é sério? - perguntei incrédula. - Nico?

- Não podemos arriscar, maninha. Você acabou de assinar um contrato importante. Se descobrirem que você está saindo com um amigo do seu ex, as coisas podem sair do controle.

Eu bufei, me joguei no sofá e passei as mãos pelo rosto. Tudo já estava saindo do controle. Eu achei que as coisas finalmente estavam se encaixando, mas me enganei.

- Não acredito que isso tá acontecendo.

- É pro seu bem, Amber.

- Eu sei. Só descubram quem espalhou essa fofoca e acabem com ele, ou ela. Não me importa.

- Vamos fazer isso. - Daisy garantiu.

- Ótimo. Agora, se me dão licença, eu preciso descansar.

- Claro. - Nicolas assentiu e, junto com Daisy, logo deixaram meu quarto.

Quando finalmente fiquei sozinha, peguei um travesseiro, o coloquei sobre o meu rosto e soltei um grito abafado que estava preso na minha garganta.

A forma como tentavam invalidar meu esforço, me deixava furiosa. Eu já demostrei, mais de uma vez, que eu mereço tudo o que eu conquistei e ninguém vai me dizer o contrário.

Eu só queria saber quem seria capaz de jogar tão sujo.

O silêncio do quarto foi tomada pelo toque do meu celular. Não queria falar com ninguém agora mas quando vi o nome de Arthur na tela, eu abri uma exceção.

- Oi. - murmurei sem ânimo algum.

- Oi. Como você tá?

- Péssima. Eu daria tudo pra poder entrar em um carro de corrida e não pensar em mais nada.

- Você me deu uma ótima ideia. - eu não via seu rosto, mas tenho certeza que havia um sorriso travesso.

- Eu devo me preocupar? - perguntei desconfiada.

- Me encontra no saguão em vinte minutos.

- Mas... - eu não tive tempo de para retrucar, já que Arthur encerrou a ligação. - Maravilha.