Isso é uma merda!

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Na manhã seguinte, eu tive uma ideia, mas não tinha certeza de como executá-la. Se Graham Gavin queria uma mulher de família, ele teria uma. Eu só tinha de descobrir como concluir esse pequeno detalhe. Eu conseguiria isso, era minha área de atuação, afinal eu era uma mulher de idéias.

Meu maior problema era o tipo de mulher com quem eu normalmente saía. Versões de mim mesma. Lindas de olhar, mas frias, calculistas e desinteressadas em tudo, menos no que eu poderia lhes dar: jantares chiques, presentes caros e, se durasse tempo

suficiente, uma viagem para algum lugar antes de eu dar o fora nelas. Porque era o que eu sempre fazia. Só me importava com o que elas poderiam me dar também. Tudo o que eu queria era algo bonito para onde olhar e um corpo quente para me enterrar no fim da noite. Algumas

horas de prazer negligente até a realidade fria e dura da minha vida voltar à tona.

Nenhuma delas seria o tipo de mulher em que Léon Smith iria acreditar que eu passaria o resto da minha vida. Às vezes, eu mal conseguia passar uma noite inteira com elas.

A srta. Carvajal bateu timidamente, esperando até eu gritar para que ela entrasse. Ela entrou, carregando com cuidado meu café, depois colocando-o na minha mesa.

— O senhor Macario marcou uma reunião com funcionários na sala de reunião em dez minutos.

—Cadê meu bagel?

—Pensei que fosse preferir comer depois da reunião, já que estaria com pressa. Você odeia comer rápido. Te dá queimação.

Olhei furiosa para ela, detestando o fato de ela ter razão.

—Pare de pensar, srta. Carvajal. Já disse que você se engana mais do que acerta.

Ela olhou para seu relógio de pulso, um simples preto sem nada, sem dúvida comprado no Walmart ou alguma loja comum.

— Tem sete minutos até a reunião. Quer que eu vá comprar seu bagel? Até ser torrado, você terá dois minutos para engoli-lo.

Eu me levantei, pegando minha xícara.

—Não. Graças a você, ficarei com fome durante a reunião. Se eu cometer um erro, a culpa será sua. _saí brava do escritório.

Macario tamborilou os dedos no vidro da mesa.

—Peço atenção de vocês. Tenho algumas notícias boas e outras ruins. Vou começar com as boas. Estou feliz em anunciar a indicação de Tyler Hunter como sócio.

Controlei minha expressão, mantendo-a neutra. Podia sentir os olhares de canto de olho, e me recusava a deixar qualquer um saber o quanto estava irritada com a situação. Em vez disso, para confundi-los, bati no vidro com os nós dos meus dedos.

—Bom para você, Tyler. Boa sorte.

A sala ficou em silêncio. Internamente, eu sorria. Conseguir agir como uma pessoa decente, não mudava o fato de eu detestar aquele desgraçado desprezível ou ter ficado ofendida com Macario por fazer isso comigo.

Macario limpou a garganta.

—Então, as más notícias. A partir de hoje, Alan Summers não trabalha mais na empresa.

Minhas sobrancelhas se ergueram de forma repentina. Alan era um dos melhores na Hamilton Inc. Eu não consegui ficar de boca fechada.

—Por quê?

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora