Juliana
Chegando na entrada do hospital, pisei no freio com tanta força que meu carro vibrou.
Meus pneus cantaram e deixaram marcas pretas na calçada. Eu abri a porta, saí e nem me preocupei em fechá-la atrás de mim. Tive a sorte de me lembrar de pegar as chaves.
Um guarda de segurança me parou antes que eu chegasse às portas deslizantes do hospital, levantando a mão.
—Senhora, você não pode deixar seu carro aí. O estacionamento fica do outro lado da rua.
Eu o cortei, balançando minha cabeça. Eu joguei minhas chaves em sua direção.
—Olha, garoto, eu confio em você. Estacione meu carro e me traga as chaves.
-Não posso fazer isso!
Tirei muito dinheiro do bolso. Não tinha idéia de quanto era, mas para aquele garoto que estava parado na minha frente, bloqueando meu caminho, tentando parecer mais velho do que era, fingindo ser convincente, tinha certeza de que era uma fortuna. Enfiei o dinheiro em sua mão, sorrindo enquanto seus olhos se arregalaram ao ver o dinheiro.
—Certamente você pode. Pense nisso como uma recompensa por um trabalho bem executado. Estacione meu carro e traga minhas chaves. _as entreguei a ele.
—Onde você está indo, senhora? _gritou ele.
Eu olhei por cima do ombro enquanto corria para longe.
—Para a maternidade!
Eu bati meu pé enquanto esperava o elevador. Meu coração estava batendo freneticamente, minhas mãos apertando e afrouxando ao lado do meu corpo, pensando sobre a ligação que recebi enquanto almoçava com um cliente.
-Olá?
—Juliana, é a Lucia. Eu preciso que você venha ao hospital.
Minhas veias congelaram.
—O que?—A Vale entrou em trabalho de parto.
Levantei-me e saí correndo do restaurante sem pensar duas vezes. Eu ouvi meu nome sendo chamado, mas ignorei. Pulei para dentro do meu carro, acelerando em direção ao hospital. O bebê deveria nascer em três semanas. O bebê estava adiantado. Eu tinha que chegar até ela imediatamente.
As portas se abriram e eu xinguei baixinho enquanto esperava que as pessoas saíssem. Eles não sabiam que eu estava com pressa? Pressionei seis no painel. Em seguida, apertei o botão "fechar a porta", embora as pessoas ainda estivessem saindo. Minha cabeça caiu sobre meus ombros enquanto respirei fundo e contei até dez. Eu suportei a lenta subida, tentando não rosnar para aqueles que desciam em outros andares. Eu apertei o botão "feche a porta" firmemente, ignorando as carrancas dirigidas a mim.
Quando a porta se abriu no sexto andar, saí do elevador e corri para o balcão. Uma enfermeira que estava inserindo informações no computador me ignorou.
-Minha esposa...
Ela levantou a mão, me impedindo, e continuou a escrever, nem um pouco preocupada com o meu sofrimento. Eu queria gritar, mas fechei minhas mãos e segurei minha língua. Val sempre me dizia que eu precisava aprender a ter paciência. Alguns segundos depois, ela olhou para cima com um sorriso brilhante.
-Como posso ajudá-la?
—Minha esposa, eu tenho um telefonema, ela vai ter o bebê hoje!
—E o nome?
Eu olhei para ela com uma carranca.
—Não sabemos o nome. O bebê ainda não nasceu. _ela franziu a testa e abriu a boca, mas continuei falando.
—Como eu poderia saber o nome? Não queríamos saber o sexo. Queríamos que fosse uma surpresa. Mas ela entrou em trabalho de parto mais cedo e eu recebi uma ligação. Eu preciso encontrá-la.
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O Acordo
FanfictionJuliana Valdez é uma executiva tirana que trabalha para uma empresa que visa apenas lucros. Após ser passada para trás por um colega de trabalho, acabou não conseguindo fazer parte da sociedade que tanto queria. Assim, com um plano de se vingar do c...