Despertei sentindo o cansaço ainda presente no meu corpo. Estava cochilando no dormitório pois havia ficado acordada de madrugada em uma cirurgia de emergência.
Olhei para o relógio na parede percebendo que já era de manhã. Mesmo exausta, me esforcei para levantar e cumprir os meus afazeres. Vesti o meu jaleco e desamarrei o meu cabelo apenas pra ajeitá-lo e prende-lo novamente.
Deixei o quarto caminhando rapidamente enquanto analisava ao redor, exigindo que o meu cérebro reconhecesse tudo. Parei de forma abrupta ao ver um interno correndo rapidamente na minha direção.
- Doutora Watson! - chamou. Ele parecia histérico e estranhamente agitado, oque me deixou em alerta.
- Primeiramente, se acalme. - pedi notando que a sua respiração estava pesada - Oque aconteceu?
Ele fez uma careta de preocupação.
- Um acidente. - conta pesaroso - Um caminhão de mudança bateu em um ônibus escolar a três quarteirões daqui. Vários feridos.
Engoli em seco sentindo o peito pesado.
- Vamos pra emergência. - foi oque eu disse antes de começar a correr.
Desci as escadas pois não aguentaria esperar o elevador. Quando cheguei, empurrei a porta e encontrei minha colega passando com um carrinho de sangue para transfusão.
- Jenny, alguma notícia? - indaguei sem folego pela corrida.
Ela negou.
Não tive escolha a não ser esperar. Me dirigi até a porta de saída olhando ao redor, aguardando a ambulância chegar. Esses tipos de acidentes com um grande numero de vítimas exigiam mais profissionais.
Não demorou para que eu ouvisse a ambulância chegar. Do lado de dentro eu escutava a voz dos médicos pedindo para os outros se aprontarem para a chegada das pessoas, mas não dei atenção e continuei olhando pra viela até que vi a luz da sirene.
Em fração de segundos o veículo parou na minha frente e os paramédicos desceram. Notei que atrás dela, outras ambulâncias vinham, mas foquei minha atenção naquela e me aproximei para entender melhor o caso.
- Criança, nove anos. - o homem começou a dizer enquanto descia a garotinha - Estava no ônibus e sofreu um trauma na cabeça. Perdeu a consciência a dois minutos.
Droga!
Agarrei a maca e comecei a empurrar. Os internos vieram atrás de mim tomando o controle dela. Aproveitei para analisar o ferimento na cabeça. Tinha um curativo branco que já estava quase todo tomado de sangue.
- Vamos levá-la pra tomografia. - avisei puxando-o suporte pelo corredor, mostrando o caminho pros novatos.
Aquela manhã seria bem longa.
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Implosão (MC ABISMO Livro 3)
RomanceMesmo em um ambiente caótico como o moto clube Abismo, não há ninguém mais explosivo do que o capitão de estradas. Com uma personalidade forte, Ryder Reece é o responsável pela segurança dos membros do clube nas estradas. Sobre o seu passado, e...