Mesmo em um ambiente caótico como o moto clube Abismo, não há ninguém mais explosivo do que o capitão de estradas.
Com uma personalidade forte, Ryder Reece é o responsável pela segurança dos membros do clube nas estradas.
Sobre o seu passado, e...
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Eu estava exausto. Passei o dia inteiro nas ruas, rodando de um lado para o outro, resolvendo as merdas do clube. Eu tinha acabado de sair do banho quando alguém bateu na minha porta. Coloquei a toalha que estava em volta do meu pescoço sob o móvel antes de me virar e atender a porta.
Pisquei surpreso ao ver quem era.
Era Kaycee. Ela estava linda, vestindo uma jaqueta jeans clara por cima da blusa de gola alta azul. E ainda por cima estava usando uma legging que deixava a sua bunda ainda mais marcada. Gostosa demais.
Lhe dei espaço para que entrasse.
- Não sabia que viria. - comentei, fechando a porta e me virando pra ela - Aconteceu alguma coisa? - perguntei, preocupado
- Não aconteceu nada. - se apressou em dizer. Vi quando fez uma careta - Nada comigo. - se corrigiu
Franzi o cenho confuso, Kaycee lambeu os lábios nervosa e desviou o olhar por um momento antes de voltar a me fitar.
- Tô preocupada com você. - soltou vacilante.
Tive que me segurar pra não rolar os olhos. Não por ela, mas pelo que disse. Sabia bem oque ela queria.
- Não tem porque se preocupar. - disse circulando pelo quarto.
Por mais que não a encarasse, podia sentir seu olhar sobre mim.
- Eu acho que tenho sim. - ela devolveu, visivelmente nervosa - Oque aconteceu foi muito sério, e você nem chorou. É saudável chorar depois de perder alguém que se importa, e guardar esses sentimentos não é uma atitude prudente.
Dirigi-me ao armário, deixando a toalha que eu usava cair no chão, ficando nu. Olhei para ela por cima dos ombros por um segundo antes de me voltar ao que estava fazendo. Kaycee estava corada. Sorri porque, mesmo com a situação tensa, ela ainda ficava envergonhada ao olhar para mim nu.
- Eu não choro, Kaycee. - declarei, enquanto pegava uma cueca pra vestir.
- Pode não chorar, mas deve ter algo que faça pra extravasar. - maneou suavemente - Talvez bater em alguma coisa? Isso ajuda a passar pelo luto.
Sorri ao ouvir aquilo.
- Gosto da ideia de bater em alguém... - externei a ela, pegando uma calça de couro preta e vestindo
- Não falei nada de bater em alguém, oque eu disse foi, bater em alguma coisa. - me corrigiu frisando a última parte.
Revirei os olhos, enquanto escolhia uma camisa.
- Que seja. - resmunguei pegando qualquer coisa.
Antes que eu me virasse, senti a sua presença atrás de mim.
