Capítulo 14

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                - Não aguento mas comer essa merda

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                - Não aguento mas comer essa merda. - reclamei assim vi o enfermeiro entrar trazendo o carrinho com a gororoba que esses médicos malucos chamam de almoço.

     O cara me ignorou e posicionou o carrinho ao lado da maca. Era o mesmo homem que quase me enfrentou outro dia, e eu queria desafiá-lo para saber até onde iria. 

    Quando retirou a tampa protetora eu fiz uma careta. Nem sabia dizer oque era aquilo de tão misturado que estava, mas sabia que o gosto seria horrível. A cor era estranha, uma mistura de verde com marrom. Não era possível que aquela bosta fosse boa pra alguém.

              - Eu não quero. - disse assim que ele fez menção a colocar o prato na mesa. Não comeria mas aquela porcaria nem fodendo. 

              - Essa foi a comida que a nutricionista receitou. - disse - Estou apenas fazendo o meu trabalho, não dificulte as coisas. - pediu cansado 

              - Sou eu é quem digo irmão. - devolvo o encarando ameaçadoramente - Não dificulte as coisas e vaza logo daqui.

     Ele suspirou, nitidamente contrariado. 

              - A doutora Watson disse que... 

              - Tô pouco me fodendo pro que ela disse. - rebato começando a me irritar - Eu me resolvo com ela depois. Agora sai da minha frente antes que sobre pra você. - rugi para ele

    Por um momento pareceu que ira dizer algo, mas o cara simplesmente se virou e foi embora, deixando o quarto. 

    Geralmente eu tento me controlar, mas é difícil conseguir quando estou cheio de merda na cabeça. Nunca fiquei tanto tempo parado, gosto da ação, da adrenalina. Não sei viver sem isso. É um inferno, mas não um bom. 

   Ainda preso nos meus pensamentos, fui tirado do meu topor pelo toque no celular. Alexandre tinha me deixado ele da ultima vez que veio. Olhei o nome no visor. Era Ramiro. 

              - Eai zumbi! - zombou assim que atendi. - Estava querendo te ver, mas estou morrendo de medo de você devorar o meu cérebro. 

    Rolei os olhos. 

             - Que cérebro? - devolvi igualmente provocativo

             - Você até que tá muito engraçadinho pra alguém que quase conheceu o capeta - soltou a provocação

            - Falou bem, quase. - lembrei - Foi só um ferimento besta. Não pensou que seria o bastante pra me derrubar né? 

            - Mesmo que tenha passado um mês dormindo, eu sabia que você iria acordar. Tu é como uma barata. - comparou brincalhão 

        Sorri porque sabia que era verdade. 

            - Eu queria poder sair logo. - digo olhando ao redor - Tô enlouquecendo longe, ainda mais agora com a guerra recomeçando. - suspiro cansado - Eu ando tão estressado que tenho que me segurar pra não acabar matando um funcionário daqui. 

Implosão (MC ABISMO Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora