Mesmo em um ambiente caótico como o moto clube Abismo, não há ninguém mais explosivo do que o capitão de estradas.
Com uma personalidade forte, Ryder Reece é o responsável pela segurança dos membros do clube nas estradas.
Sobre o seu passado, e...
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Estava vestindo a jaqueta quando o meu celular tocou em cima do móvel. Alcancei o aparelho e atendi.
- Quem é? - disparei a pergunta enquanto rumava para fora do quarto. Não tinha intenção de acordar Kaycee.
- É o Malcom. - revelou do outro lado - Liguei a respeito das encomendas desse mês. Foram muitas coisas. Estão corretas? - procurou saber
Ele tinha uma loja de equipamentos no centro e é o responsável por fornecer os equipamentos necessários para as motos, além de realizar concertos e turbinar nossos motores. Alexandre fez um contrato com ele assim que o clube começou a lucrar.
- Está correto. - afirmei depois de fechar a porta do quarto - Precisaremos de mais do que o normal. - contei
Com a guerra chegando, precisaríamos nos precaver. Uma checagem geral nas nossas motos pra ter certeza de que tá tudo nos trilhos, novos pares de pneus, e o mais importante: Tínhamos que aumentar a potencia dos motores. Nunca se sabe quando o gárgula vai aparecer, e é bom estarmos preparados.
- Ok, mas é muito incomum, e por isso precisarei de mais dinheiro. - pediu. Pisquei vendo Matthew se aproximar - Motores, nitros, óleos, pneus, amortecedores de elite, essas coisas custam caro, e vai ficar ainda mais se for pra mais de cem motos.
Malcom continuou a reclamar sobre as dificuldades do serviço que impomos a ele. Afastei o parelho do ouvido e tapei o bocal para abafar os sons externos quando o vice presidente se aproximou.
- Fala.
- O prez está te chamando, lá no subsolo. - Matthew avisou.
Franzi o cenho, querendo entender.
- Ele tá vivo. - declarou, parecendo ler meus pensamentos. - Mas não vai ficar assim por muito tempo. - murmurou antes de das as costas e ir embora.
Soltei o ar com força. Foi um alívio saber, não que eu me importasse com a vida do moleque. Mas porque adoraria vê-lo morrer.
Não deveria ser assim, por mais que gostasse de uma boa violência e sangue, eu não queria que as coisas voltassem a ser desse jeito. Demônios e gárgulas morrendo todos os dias. Quem sabe quem será a próxima morte?
Estava com a cabeça tão cheia daquela merda que demorei a perceber que o mecânico ainda estava na linha. Soltei o ar, posicionando o celular novamente na orelha.
- ... as encomendas vem de outro país, e o meu fornecedor não vai me entregar o suficiente pra cumprir tantos reparos. - explicou. Não entendi direito, e não tinha tempo pra perguntar.
- Mande a lista das coisas que precisa e eu mesmo envio o dinheiro a mais. - disparei antes de desligar
Mal tinha guardado o celular quando a porta do quarto se abriu e Kaycee surgiu, sonolenta e vestindo uma camiseta minha com estampa do Nirvana.
