Capítulo 36

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    Era oito da manhã, e nós estávamos no escritório do presidente

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    Era oito da manhã, e nós estávamos no escritório do presidente. Faziam quatro dias desde o sequestro de Alexandre, e as pistas sobre seu paradeiro não levavam a lugar algum. A tensão só aumentava a cada maldita hora que se passava. 

    Eu particularmente não conseguia dormir por mais de três horas, pregar o olho se tornou uma tarefa impossível pois meus pesadelos pioraram. Kaycee até tentou me fazer dormir na sua folga mas eu não consegui. 

    Com a ajuda da minha garota, quase todos os demônios já estavam de volta ao clube. Apenas dois que foram feridos mais gravemente ainda se encontram no hospital. Foram dezessete feridos no total. Um verdadeiro banho de sangue, mas por sorte, sem mortes. 

              - Alguma coisa novidade? - foi o Ramiro quem perguntou assim que Matthew desligou o telefone 

             - Nada ainda. - suspirou se sentando na poltrona. Era possível  ver a tensão que emanava nos seus poros. 

            - Não dá pra usar as câmeras de transito pra rastrear o trajeto do carro que ele estava? - Fernando indagou

            - Até daria, se nós soubéssemos em qual carro ele estava, oque não é possível. - explicou - Tinham mais de sete veículos. E os imbecis atiraram nas nossas câmeras de segurança. Eu até poderia conseguir que o delegado liberasse as filmagens das câmeras, mas não teria como achar o Alexandre em sete carros com o mesmo modelo e sem placa.

            - Eles já vieram com a intenção de levá-lo e planejaram tudo, até como iriam sair sem que nós pudéssemos rastrear seus passos. - emendou o sargento de armas

            - Não é possível! - exclamei, nervoso - Já faz quatro dias, por que caralho o Dylan não fez nada? Se ele está com ele, deveria ter mandado algum sinal. 

           - Ele pode estar sendo torturado. - Fernando disse oque todos estávamos pensando mas não queríamos dizer em voz alta. 

    Isso é bem a cara do Dylan. Matar lentamente. Ele conseguiu o Alexandre, mas só matá-lo não é o bastante. O idiota quer que ele se curve, que se humilhe, e o presidente jamais se curvaria a alguém. Isso é um fato. 

    Não gostava de imaginar oque Alexandre estava sendo forçado a suportar para manter o seu orgulho em tacto. 

    Nossa atenção foi direcionada pra porta, quando batidas soaram na sala dissipando o clima tenso que possuía o ambiente. Como eu estava mais perto, abri, me deparando com Pietra do outro lado. Ela deu um meio sorriso e eu a cumprimentei com um aceno. Já não sentia mais raiva da garota como antes. 

          - Baby, oque faz aqui? - Ramiro perguntou assim que ela passou pela porta - Aconteceu alguma coisa? - perguntou, se aproximando da esposa - O bebe está bem? 

          - Não se preocupe, nós dois estamos bem. - garantiu, sorrindo pro marido. Não me passou desapercebido o nervosismo em seu rosto. 

          - Por que veio então? - questionou ele - Estamos no meio de uma reunião.

Implosão (MC ABISMO Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora