Capítulo 17

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     Virei a noite trabalhando e mesmo assim, eu só pensava no que aconteceu no terraço

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     Virei a noite trabalhando e mesmo assim, eu só pensava no que aconteceu no terraço. Eu não conseguia acreditar no que aconteceu. 

    Depois de tudo oque falei a mim mesma, todas as barreiras que tentei impor, mesmo assim eu acabei me deixando levar pelos sentimentos que ele provocava em mim. Quase nos beijamos e eu não estava sabendo lidar com aquilo. 

     Em todo pequeno tempo livre que eu tinha eu me pegava pensando no que diria a ele quando o visse de novo. O pior de tudo, é que mesmo sendo errado, o meu corpo reage ao me lembrar de tudo. Ele tão perto, me tocando, me desestabilizando. Ryder me fazia sentir como se fosse a melhor pessoa do mundo, e pela primeira vez eu quis me entregar inteiramente a alguém. Mas eu não podia. 

     Não podia de jeito nenhum me entregar dessa forma. Arriscar tudo oque já construí por algo que nem sei se daria certo.

     Era arriscado.

     Por mais que os sentimentos fossem fortes eu tinha que ignorá-los. Não era correto, nós não temos nada em comum e ele é o meu paciente. 

      Com o avanço na saúde de Ryder, em alguns dias ele receberá alta e não nos veremos outra vez. Não tenho es olha a não ser deixar tudo pra trás e focar no meu trabalho. 

             - Bom dia, senhor e senhora Johnson - os cumprimentei entrando no quarto - Como estão essa manhã? 

      Eles eram um casal de idosos que chegaram ontem a noite. A mulher estava vomitando e o marido a trouxe para o hospital. 

            - Apreensivos e querendo ir logo pra casa, doutora. - o marido disse com um sorriso gentil. Assenti compreensiva. 

            - Então vamos apressar as coisas. - comecei - Sra. Johnson, a sua tomografia indicou um tumor no útero. Mas ele é totalmente benigno. 

      Os dois se deram as mãos. 

            - Que alívio. - ela disse num sopro - Então, por que eu vomitei? - quis saber. 

           - Os enjoos se deram devido a uma intoxicação alimentar. - expliquei - Vou receitar alguns medicamentos e a senhora ficará bem em pouco tempo. 

           - Oh, obrigada querida. - a senhora agradeceu. 

     Assenti e sai do quarto. Passei na recepção para avisar que a paciente teria alta e segui o meu caminho. Escutei o toque do meu celular, e o peguei no bolso do jaleco. Era o meu pai. 

     Suspirei, e guardei o aparelho, observando quando Smith vindo na minha direção.

          - Doutora Watson. - chamou, parecia nervoso - Queria pedir para participar da sua cirurgia cardíaca daqui a pouco. Eu estou pronto e adoraria a oportunidade de auxilia-la. 

Implosão (MC ABISMO Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora