Tempo de Desejo

4. O filho da minha madrasta

 
Meu irmão e eu tínhamos uma relação de amor e ódio. Eu tinha certeza que a vontade dele era de me comer e por isso ele estava sempre me deixando longe de todos os seus amigos deliciosos. Ele não é meu irmão de verdade, até odeia que eu me refira a ele assim, já que era apenas o filho da minha madrasta.

Sua mãe e ele vieram morar com a gente já tem 1 ano, e é esse o tempo em que meu mais novo meio-irmão montou uma banda de quinta na nossa garagem. Mas a vantagem era que seus amigos estavam sempre na nossa casa, e todos eles eram deliciosos — com exceção do baixista — ele era o mais velho e muito estranho. Os outros três eram os meninos mais populares entre as meninas da cidade, tudo porque eles tinham uma bandinha de garagem.

E eu era a sortuda que podia estar sempre vendo eles, mas isso era em parte, já que Ronan me proibia de ir até a garagem ou até mesmo em me juntar a eles enquanto estavam ensaiando ou só conversando na sala de casa. Azar o dele, porque os meninos sim gostavam da minha presença, me olhavam com cobiça e sempre sorriam pra mim, meu irmão também me olhava assim às vezes, mas provavelmente achava que eu não percebia.

Eu estava traçando o maior plano de todos, ia transar com o amigo mais bonito que ele tinha, o baterista que se chamava Zack e que eu tinha uma queda, bem na garagem, e em um dia em que ele estivesse em casa para nos pegar no flagra e aprender uma lição.

Quando finalmente o dia chegou, eu estava com um short minúsculo e muito apertado que dividia meus grandes lábios e deixava aparente para todos verem, e também usava um top sem sutiã. O Zack entrou na casa como sempre para beber água, eles não levavam muito tempo, pois o Ronan sempre vinha atrás. Então eu fui atrás dele na cozinha e Zack levou um susto quando me viu, demorando os olhos nas minhas partes íntimas. 

— Oi, Zack. — falei, tentando fazer minha voz mais sedutora.

— Hã — ele pigarreou e colocou o copo na pia. — Oi, Amélia, já estou saindo, só vim beber água.

— Antes, eu queria falar uma coisa pra você... — Seguro ele pelo braço antes que saia. — Faz um tempo que estou afim de você, queria saber o que acha de mim...

— Eu? Hum, você é linda, Amélia. Mas, porra, você é meia-irmã do Ronan, ele sempre diz pra gente nem olhar pra você — ele fica vermelho e coça a nuca.

— Ah, é? Mas ele não precisa saber de nada. Não vai embora depois do ensaio, espera do lado de fora, o Ronan sempre sobe e fica 2 horas no banheiro, então eu abro a garagem pra gente poder... você sabe — Eu pisco e movo o quadril pro lado. Vejo Zack engolir em seco e acompanhar o movimento.

— Droga, tem certeza de que ele não vai saber?

— Claro que não, ele sempre canta e nenhum barulho vindo da garagem chega no andar de cima — Eu acaricio o braço dele e Zack olha em direção a escada que dá pra garagem.

— Está bem, mas você não é virgem, não é?

— Claro que não — menti e ele me olhou uma última vez antes de descer. Voltei correndo pra sala sorrindo e liguei a TV, aumentando o volume.

Pouco tempo depois, vejo vozes dos rapazes do lado de fora da casa e depois Ronan passando pela sala, ele me dá uma boa olhada e sobe as escadas. Assim que ouço a porta do seu quarto fechar, corro pra garagem e abro a pequena porta, vendo que Zack realmente me esperava lá.

— Entra! — puxei ele pra dentro, as luzes estavam apagadas, mas entrava uma certa claridade dos basculantes que tinham no local.

— Se Ronan descobrir, eu vou estar ferrado — Zack hesita.

— Por que? Ele também quer o mesmo — Eu sorrio convencida, olhando pra ele.

— Sério? Eu não acho que...