Capítulo 11 💘

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Usei o celular de Nanda para postar os stories do trajeto e ligar para minha mãe avisando que meu encéfalo de sapo me fez esquecer o meu em casa. A estrada para a casa de praia de Rafael era de fato muito bonita, cercada por árvores que pareciam eucaliptos nos dois lados da rua, e o dia estava lindo.

Eu estava de férias! Teríamos o mês inteiro de dezembro e metade de janeiro para descansar, já que o terceiro ano começava as aulas duas semanas mais cedo que os demais alunos. Eu queria aproveitar cada minuto antes da minha mente se voltar completamente para o Enem. Era melhor até esquecer esse nome durante as férias.

— Fernanda, você já sabe que curso vai fazer? — Diana perguntou enquanto dirigia. Parece que eu não ia esquecer do Enem e faculdade nem tão cedo.

— Eu quero fazer medicina. Desde pequenininha é o meu sonho. — Nanda disse. Desde que a conheço (há uns cinco anos), era o que ela sempre dizia. Eu poderia facilmente imaginá-la num consultório atendendo pacientes. Com certeza ela seria uma boa médica.

— Ah, que linda! Você tem cara de médica mesmo! — Diana falou.

— Eu só não sei se vou passar... é um curso muito concorrido. — Ela falou e eu dei um empurrãozinho em seu ombro.

— Vai passar, sim! Ela é uma gênia! Só é humilde. — Falei rindo enquanto ela negava com a cabeça.

— E eu acredito! — Diana concordou comigo. — Só falta você, né Clara? Estou ansiosa para descobrir qual curso vai fazer. — De novo não...

— Eu estou tão ansiosa quanto a senhora, não tenha dúvidas... — Falei e devolvi o celular de Nanda. — Prometo que quando eu decidir eu vou dizer.

— Vamos parar de falar sobre faculdade e falar sobre o que vamos fazer na casa do Rafa! — Meu namorado disse me livrando desse papo de sempre.

— Vocês sabem acender uma fogueira? — Nanda perguntou.

— Eu trouxe carvão e fósforo. Não deve ser tão difícil. — Gustavo falou.

— Cuidado para vocês não causarem um incêndio, pelo amor de Deus. — Diana disse e nós rimos.

— Qualquer coisa a gente assa os marshmallows no fogão mesmo. — Falei e nós rimos novamente.

Depois de uma hora de estrada chegamos na casa de praia de Rafael. Exteriormente era muito bonita, nada muito moderno ou extravagante. Tinha primeiro andar, paredes brancas, telhado simples, vigas de madeira e um jardim bem cuidado que davam um toque rústico. Tinha um carro na garagem, provavelmente do irmão de Rafa, que surgiu na entrada da casa assim que Diana parou o carro.

— Bom dia, gente! — Saulo acenou para nós, e nós o respondemos. — Foi tranquilo para chegar até aqui? — Ele perguntou se aproximando do carro e Diana o respondeu dizendo que sim. Nós descemos e vimos Gabi saindo da casa, que veio correndo e gritando até Nanda e eu e nos abraçou.

— Minhas amigas chegaram! Eu nunca estive tão feliz! — Ficamos abraçadas e pulando juntas que nem três lesas, e começamos a rir, até que Gabi olhou para minha blusa. — Amiga, acho que está ao contrário.

— É... eu sei. — Voltei a rir.

Saulo nos cumprimentou e depois foi falar com Diana. Depois Rafa e Paulo saíram da casa e foram cumprimentar Gustavo.

— Chegou o maior! — Paulo disse abraçando Gustavo com tapas nas costas e Rafael fez o mesmo.

Depois Rafael e Paulo vieram cumprimentar eu e Nanda e Gustavo cumprimentou Gabi. Vale salientar que Rafael deu um beijo na bochecha de Nanda e ela enrubesceu. Eu até já tinha esquecido que tínhamos um plano de juntá-los, o qual eu não concordava tanto, porque, pensando bem, não gostaria que fizessem isso comigo.

— Vamos entrando, gente! Vou mostrar o quarto de vocês. — Rafael disse. Eu fui até a mala junto com Gustavo e Nanda para pegar nossas malas e aproveitei para de despedir da mãe de Gustavo.

— Tchau, Diana! Muito obrigada por nos trazer!— Falei lhe dando um abraço.

— Foi um prazer! Aproveitem, viu, meus amores! — Ela disse e deu um abraço no filho também, e por último em Nanda.

Entramos na casa enquanto Rafael apresentava cada cômodo. Assim como exteriormente, o seu interior também era rústico, numa pegada praiana muito aconchegante. A sala ficava à esquerda contendo um sofá largo e uma televisão grande na parede e à direita era a sala de jantar, num conceito aberto, e tinha uma mesa de jantar de madeira com alguns enfeites de decoração. De onde estávamos dava para ver a piscina e o gramado verde que levava até a praia através de portas de vidro deslizantes.

A cozinha ficava antes da sala de jantar e era pequena, bem clara e simples. Rafael ainda nos mostrou o quarto onde Saulo e sua esposa iriam dormir, perto da sala de estar. Subindo as escadas tinham dois quartos: o da direita das meninas e o da esquerda dos meninos. Nos separamos e entrei no quarto em que eu, Nanda e Gabi iríamos dormir.

— Nossa, aqui é muito lindo, né? — Nanda falou e eu concordei.

O quarto tinha um banheiro e uma janela para a rua. Como só tinha duas camas, cada uma com uma bicama, eu e Gabi ficamos com as camas e Nanda decidiu ficar na bicama da minha cama. Me deitei onde iria dormir e Gabi me repreendeu:

— Ah não, Clara! Nada de dormir aqui! Temos muita coisa para fazer.

— Vamos pra piscina! Temos que curtir logo, porque eu vou embora na sexta! — Nanda falou.

— Queria tanto que você ficasse até o final... — Falei sentando e cruzando os braços.

— Por que vai mais cedo mesmo? — Gabi perguntou.

— Eu vou viajar no sábado para Brasília, e preciso arrumar minha mala. Vou visitar minha família, ver minha avó, e só volto em janeiro. — Ela pareceu ficar cabisbaixa.

— Nanda, a gente vai se divertir muito até lá, fica tranquila! — Gabi falou, e na mesma hora escutamos batidas na nossa porta.

— Posso abrir? Vocês estão vestidas? — Rafael perguntou e respondemos rindo que sim, e ele abriu a porta. — E aí meninas? O quarto está bom para vocês?

— Tudo certo por aqui. Mas eu vou ficar com raiva se o quarto de vocês for maior que o nosso. — Gabi disse e semicerrou os olhos para Rafael.

— Pode ficar tranquila, aqui é maior. Inclusive eu vou dividir uma cama de casal com Gustavo. Espero que você não sinta ciúmes, Clara. — Nós rimos. Era estranho imaginar meu namorado, quase um heterotop, dormindo do lado de outro homem.

— Eu tenho ciúmes, viu? Nada de dormir de conchinha com o meu namorado. — Disse cruzando os braços e Rafael riu.

— Ei, vamos começar os trabalhos? — Gabi deu uma palma e juntou as mãos.

— Sim! Eu vim aqui para chamar vocês para entrarmos na piscina ou então irmos à praia. Bora? — Rafael disse.

— Vamos! Já estou morrendo de calor! — Nanda falou se abanando ao meu lado.

— Pronto! Fiquem à vontade, gente. Mi casa es su casa. — Rafael bateu continência e fechou a porta.

Nos levantamos da cama e nos preparamos para começarmos de fato a nos divertir. Nós tínhamos muito a fazer até o final daquela viagem.

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Capítulo curtinho hojee, mas vou compensar! Ta na hora de Clara descansar com seus amigos!

Gentee, batemos 450 visualizações! To muito feliz! Continuem lendo e votando! Aceito críticas construtivas!

Um beijo, querido leitor! 💘

As Palavras Não DitasOnde histórias criam vida. Descubra agora