O Amor para Min. I

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— Por favor, alteza. Não se mexa! — pela quinta vez, a criada suplicou. Ela já tinha explicado, se ele não ficasse parado poderia ser perfurado.

— Eu não sei porque vocês insistem em me fazer passar por isso... Aí! —  JiSung sentiu o beliscar do alfinete.

As criadas rodavam em volta do príncipe, para lá e para cá. Analisavam se a roupa estava boa, se estava perfeita no corpo do rapaz.

— Alteza Han… — a outra criada parou na frente do príncipe. — Onde você colocou o seu broche de rubi? — ela tinha procurado nas gavetas de jóias e não achou a peça.

— O broche? — JiSung não se lembrava. — O broche. Onde está o broche?

JiSung olhou para a figura masculina de roupas de seda. Ele estava escorado em uma parede, de braços cruzados. Assistia JiSung como se estivesse em um espetáculo. 

— Onde será que está o broche? —  pontuou a pergunta para aquele que olhava.

Min espertou. O braço apontou para a cômoda de madeira em sua lateral. Mostrou que estava na segunda gaveta.

— Na segunda gaveta. Dê uma olhada — JiSung indicou a criada.

—  Mas… — a mulher abriu a gaveta. Remexeu entre os anéis que estavam lá dentro. — Ah, você tem razão! Que boa memória príncipe Han.

Que ironia! Min não conseguiu deixar de soltar um suspiro, um sorriso ligeiro no canto dos lábios. Continuou contemplando aquela cena que pouco ocorria. Viu a criada levar o broche e o prender na roupa que o príncipe usava...

— Perfeito! — as duas mulheres deram mais uma conferida. Terminaram seu trabalho e saíram do quarto.

JiSung percebeu que ainda era observado. O dedo indicador apontou para Min: — Por que está me olhando assim? Se você estiver achando engraçado...

Min desencostou da parede, andou até o príncipe. A menos de um passo de distância, as mãos geladas foram ao pescoço de JiSung.

— O que você está fazendo…?  — os olhos correram pelo rosto de Min. Em sua íris castanha. Sua boca. Até as mãos que ajeitavam sua gola.

— Ah, obrigado.

JiSung se afastou, foi para o espelho, viu a imagem de sua roupa verde. Inclinou a cabeça, duvidoso.

— Espero que isso não seja muito chamativo. Chan disse que é normal as pessoas se vestirem assim. Ah… — o suspiro revelou o cansaço. — Bang Chan. Ele quer que eu tente outra turma, com um mestre mais habilidoso.

JiSung se aproximou de seu reflexo. Tocou em sua pele, em seu rosto, na gola de sua camisa, em seu broche de vermelho brilhante.

Se virou para Min.

Estava realmente exausto: — Você sabe quantas vezes eu já tentei…

Minsung - Espectro VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora