JiSung não achava que Min poderia ser tão persistente, mas o fantasma andava para cima e para baixo com aquele maldito bilhete.
— Eu já disse para jogar fora...
Em um primeiro instante, Min perguntou a si mesmo, se deveria entregar á JiSung. Não queria o fazer e estava disposto a descartá-lo. Já não lhe agradava que JiSung pudesse gostar tanto de HyunJin., mas deveria suportar. E as intenções do loiro não pareciam lá tão ruins. Achou que seria melhor que o outro lesse aquele papel. Por isso, estava seguindo JiSung...
Um problema!
Constantemente JiSung o tomava das mãos de Min, quando uns criados estavam por perto, jogava o papel no chão.
Han via a Min, não os outros. Demais pessoas então enxergariam um papel flutuando, começariam a fazer perguntas demais, perguntas a JiSung: se ele estava tentando usar magia ou coisa do tipo...
E já havia acontecido, quando Min usou sua magia controlando fogo, apagando as lanternas. Por um pequeno momento, as criadas aacharam suspeito uma criança ter assoprado as chamas de uma altura tão alta e tão rapidamente...
Aborrecimento! Nunca acreditavam nele!
JiSung tentaria falar sobre Min, que o fantasma estava ali. Mas conhecia bem as pessoas, bem o fantasma, e qualquer tentativa de provar sua existência seria inútil!
Min nunca tentava ser notado, nunca fazia coisas que pudessem evidenciar sua presença, mas de repente não parecia se importar, carregando aquele papel.
Agora, Min estava no banheiro segurando a carta e dentro da banheira JiSung o encarava tão irritado:
— Você não vai desistir, não é?! — JiSung resmungou se apoiando sobre a borda. Se levantou.
Ao ver os ombros e as costas, a cintura do corpo nu saindo da água, Min olhou para o chão.
Algo em Min apertava-lhe o peito, fazendo ficar ansioso, e não o permitia ver o corpo do outro: o agir com tanta indecência...
JiSung foi até o fantasma, com a toalha já enrolada no quadril. Pegou a carta.
— O que há que você quer tanto que eu veja?
JiSung deslizou sobre as palavras. Mas não havia nada que não esperava.
"Sei que o que te disse foi errado, eu tive muito tempo para pensar no que fiz... sinto falta da nossa amizade... eu era muito imaturo nessa época, fui egoísta e estou pagando pelo o que fiz... eu não mereço o seu perdão, mas ainda gostaria que pudéssemos nos dar bem novamente"
Nada que não esperava...
"Eu vou me casar em cerca de duas semanas, é meio repentino, mas se não for incômodo a você, queria que estivesse presente..."
— Eu não vou para o casamento dele — JiSung arremessou o papel dentro da banheira.
O assunto deveria ter morrido ali, na água, enquanto a folha se dissolvia. Mas JiSung não conseguia parar de pensar, por mais que tivesse evitando mencionar, até mesmo aquele nome.
— Casamento... Por que ele quer que eu vá, quando ele sabe que eu sinto algo por ele...
JiSung estava deitado, de costas para Min. Na escuridão do quarto, o fantasma se aproximou, e pelas costas de JiSung, o abraçou.
— Quer dizer, eu não gosto mais dele — se virou para Min, passando seus braços sobre as costas desse também. — Eu não ligo para ele. Você acredita em mim, não acredita?
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Minsung - Espectro Vermelho
Lãng mạnQuando o príncipe fechava os olhos sentia a aura de um homem deitado ao lado, em sua cama. O fantasma de aura vermelha afagava os cabelos de JiSung até que esse estivesse em sono profundo.