Os Pecados de Lee MinHo. II

55 11 7
                                    

As pequenas mãozinhas arrancavam as flores de seu caule. Estava no jardim. Não era o castelo.

Antes agachado, a criança se levantou e com as Eloais de cor laranja entrou na casa.

JiSung foi para o quarto.

Min não estava ali. Somente restos de pétalas no chão, amassadas, pisoteadas.

Não era assim que havia acontecido -

JiSung estava sonhando -

- Min? - a criança correu para fora.

Não encontrou Min.

Min não estava ali.

Min não estava em nenhum lugar.

- Min, onde você está?! - o pequeno JiSung chorava.

- Min! - JiSung sentou á grama. As pequenas pernas doíam.

Mas de longe, os olhos encharcados prestaram atenção. Viram o vermelho. Os olhos, o coelho branco sobre as Eloais.

[...]

- Alteza!

Quando JiSung abriu os olhos, viu o rosto de YongBok.

O servo agachado ao lado da cama, mais que surpreso, estava preocupado. - Alteza, você está bem? Por que está chorando?

JiSung se ergueu, o corpo estava dolorido, sentia certa sonolência. Os olhos se adaptaram à claridade. Sentou na cama. Era a primeira vez que não sonhava com o castelo, com os corredores compridos, com as vozes de sua mãe...

- Teve um pesadelo? - era evidente para YongBok, com o silêncio e os olhos distantes de sua Alteza... - Você sonhou com o coelho de novo?

JiSung encarou o servo. YongBok reconhecia sua expressão atual. Medo. Se lembrava do segredo que sua Alteza havia lhe confessado quando pequeno...

"YongBok, eu não gosto de coelhos"

Mas o terror era causado por outro, JiSung chorava pela angústia do pesadelo tão vívido e da experiência desesperadora afligindo seu coraçãozinho. A angústia de não encontrar Min, de tê-lo perdido para sempre.

Uma perna após a outra, YongBok ficou de pé. - Não se preocupe, vou pedir um remédio para você dormir.

Mas JiSung o encontrou. Min tinha voltado. Era real? As coisas que Min lhe falou, atingindo-lhe tão cruelmente, eram reais? JiSung não aceitaria, não acreditaria que aquele era Min, e que por todos esses anos ele carregava sentimentos tão amargos sobre si.

[...]

ChangBin estava perto da janela, erguendo a cortina mirando para fora...

- Alteza, sente aqui - YongBok puxou a cadeira.

Do outro lado, na prateleira de livros, JiSung seguiu o pedido do servo.

- Para reuniões como essas, fique nessa cadeira. A menos que o rei esteja presente, você deve sentar ao lado direito...

Quando mais alguns cavaleiros se reuniram, o servo os reverenciou de braços para trás e saiu da sala. Afligia-se. YongBok se perguntava sobre o quê aqueles homens poderiam discutir, decidir.

Quem era MinHo? Na frente da sala, perambulava para o lado e o outro. Por que MinHo tinha o sangue real? A rainha estava morta. O rei não possuía parentes mais próximos. Pouquíssimas vezes, YongBok via o rei saindo de seu escritório. Acreditava: não existia uma amante, pois mesmo se com outra mulher tivesse se relacionado, não conseguiria gerar um filho de cabelos escuros.

Minsung - Espectro VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora