O Retorno do Príncipe. I

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JiSung voltou para casa, não acompanhou JeongIn. Sentia-se fraco, sonolento.

Sentou na cama e olhou para a escrivaninha, para as duas cadeiras lado a lado. Sua mente estava desgastada. JiSung esticou o braço para baixo, em busca de uma garrafa de gin no chão, semi aberta de uma madrugada anterior.

Bebeu dois goles.

Deitou-se, então decidiu dormir.

[...]

Oprimido pelos corredores largos e compridos do castelo. As paredes imensamente grandes. Suas mãos tão pequenas. Era criança.

A sombra escura do alto escorreu pela parede. Sofreu metamorfose. A forma de coelho. Um coelho felpudo, tão brilhante, do branco mais puro.

De olhos vermelhos. Vibrantes, como estrelas.

"Ji Sung!"

A voz em seus sonhos o chamou. A voz de uma mulher.

"JiSung, volte para mim"

— Mamãe! — chorava o pequeno príncipe.

JiSung olhou para trás, outro coelho olhava para si.

"Ji Sung, querido"

O peito angustiava. — Mamãe, onde você está? — corria, mas naquele vasto corredor não existia porta ou saída.

"Mate o coelho, JiSung, você quer fazer isso".

[...]

Ji Sung despertou com os olhos molhados por lágrimas, se quer percebeu que em sua porta batiam e que na janela o sol ia embora.

— Alteza! — um criado entrou no quarto.

Han sentou-se, tratou de enxugar o rosto. Não queria ser percebido naquela situação.

Sobre a cama uma mesa de colo foi colocada, onde ali estava sua primeira refeição do dia. A porta se fechou. JiSung remexeu o prato, colocou algumas colheres de sopa na boca, mas logo a arrastou para o outro lado.

Não queria comer. Queria a Min. Acomodou-se no lugar onde dormia o fantasma. Ji Sung sentia-se vazio. Queria a Min andando pelo quarto com sua pilha de romances, o fazendo companhia na escrivaninha, usando a caneta bico de pena, lendo sobre a cama...

Queria Min, a seu Min, e o amava tanto para aceitar que havia o perdido...

Toques na madeira da porta soaram. — JiSung, estou entrando — o Bang virou a maçaneta. — Há algo que preciso conversar com você — encostou a porta.

JiSung não se levantou, sentou, encarou o Bang em sua frente. — Diga — viu das mãos do outro dois papéis; uma carta, um selo anexado no envelope. O corpo travou, reconhecia o remetente.

— Você voltará para o castelo.

— Não — JiSung prosseguiu. — Eu não vou.

— Não sou eu quem está mandando — Chan soltou o ar de seu peito. Também não gostava do que estava acontecendo. — São ordens vindas de seu pai, o rei.

— Não há razão para ele querer que eu volte. — Ji Sung se levantou. — Eu não irei.

Rodeava o quarto. Por que isso estava acontecendo tão de repente?

— JiSung, sabe porque você se mudou para cá? — Bang Chan o perseguia com os olhos.

Claro, sabia que estava ali pois não dominava magia. Havia sido "exilado" por essa razão. — Não estou entendendo... — virou-se para o Bang.

— Você deveria voltar quando fizesse seus vinte e dois anos.

— Sim, mas eu ainda tenho vinte — JiSung estava ciente dessa condição.

— E também se dominasse magia... No casamento do Hwang, todos viram com clareza o que aconteceu. É sobre isso o que esta carta está se referindo...

— Eu não domino magia. Bang Chan... Aquele dia... Não fui eu.

— Eu acredito em você. Mas é uma ordem Real, se você não voltar por vontade própria, irão te buscar a força.

JiSung sentou no colchão, olhava para baixo. Estava desolado.

Minsung - Espectro VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora