Aquele de cabelos pretos, Yang JeongIn. II

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[...] Passado [...]

JiSung era capaz de amar?

Ruídos tomavam a mente de Min. O quarto no entanto, se não pelo rabiscar suave da caneta bico de pena no papel, era silencioso.

O menino fantasma colocou nas mãos de JiSung o contrato.

— O que é isso? — perguntou a outra criança sobre a cama. — Se eu assinar, você vai me ajudar?

Min balançou sua cabeça, confirmou. Faria ele acreditar nesse falso motivo. Ajudá-lo com magia, sim.

O príncipe sorriu. Assinou o papel. Ainda que não estivesse habituado com a presença do fantasma, ainda que desejasse que ele fosse embora, algo em seu interior o deixava alegre.

— Aqui — deixou o contrato em cima da escrivaninha.

JiSung retornou para a cama. Ficou silencioso, e quando o fantasma voltou também, murmurou timidamente: — Boa noite — a ele.

[...] Passado[...]

JeongIn ergueu o outro braço, desenrolou o embrulho que trazia na mão. Um frasco de vidro. Sangue.

— Fique com isso, será a última dose que você poderá tomar. Mas por favor, não ache que estou dando para que você o use deliberadamente... Mesmo que você não se case, nunca mais use magia, me prometa.

O Yang o levou para um beco estreito. Esse era o motivo; o Hwang observava os frascos, a cor rosa avermelhada do sangue divino. O sangue de JeongIn.

— Não... Não irei aceitar. Se significa que terei que parar, então dê para outra pessoa, pois eu prefiro morrer.

— Está ouvindo o que diz?!

— Sempre desejei dominar magia, sei do risco mas... Desculpe, eu não vou abandonar o que tenho.

Era doloroso para HyunJin ser fraco, se sentir um peso, inútil para sua mãe, para sua família, ver os outros saudáveis e desejar ter o que eles tinham.

JeongIn não poderia se contentar: — Você vai escolher se matar, é isso? Quando você pode simplesmente parar e ter uma longa e tranquila vida?!

HyunJin se aproximou, deixou o Yang contra a parede, o encarando, fixado dentro de sua iris escura. Ele estava sério: — Por que você se importa tanto? — HyunJin não agia assim.

O curandeiro sentio o corpo esquentar. — Por que eu sou um médico!

— Tem certeza? É somente por essa razão? — se aproximou colando os corpos; uma perna entre as de JeongIn.

— O que você está insinuando!? — corou. HyunJin estava tão perto, o deixando mais irritado. — Me solte...

O Hwang sorriu. — Mas eu não estou te segurando.

HyunJin se deleitava com a cena, não queria perder a chance de ver aquela expressão envergonhada que o jovem Yang fazia; a bochecha rosada, os olhos querendo chorar, "irritadinho".

HyunJin o encarou, chegando perto - seu rosto ao encontro de JeongIn, até vê-lo fechar fortemente os olhos esperando pelo seu beijo. Não aguentou, perdeu sua compostura. — Você é realmente um pervertido, e muito fofo também — agarrou as bochechas no mais jovem.

O Yang abriu os olhos, zangado tirou as mãos que apertavam seu rosto.

— Faça o que você quiser então! — virou o rosto. Estava vermelho para encarar HyunJin, se o fizesse, seus olhos se encontrariam.

Ah! Mas o loiro amava admira-lo, olhar para sua face tão adorável, ver as bochechas vermelhinhas, seus olhos brilhando...

— Yang Jeong In. Case-se comigo.

O Yang ergueu o rosto. Pasmo, surpreso. — Está louco é? — empurrou-o com a mão livre. — Você bebeu? Primeiro quer se matar, agora... Isso?

— Eu não estou brincando. É uma proposta séria.

JeongIn calou-se. Não parecia ser algo real. — Nós... Somos homens...

— Não é um problema.

Mas os nobres detestavam a ideia de uma linhagem interrompida. O casamento entre o mesmo sexo era repugnante aos mais ricos. Entanto, ilicitamente, algumas pessoas se uniam por meio de uma Ordem Divina, um contrato selando suas almas.

HyunJin levantou a mão acariciando os fios pretos do Yang: — Me diga sua resposta.

— Eu... — envergonhou-se.

O loiro olhou para baixo, segurou a mão do mais novo. Sereno, confessava: — Passe o resto de sua vida ao meu lado. De alma e sangue. Seja só meu.

Hyunjin olhou para cima.

Os olhos do Yang eram frios. — Você está brincando com os meus sentimentos, não é?

— O quê? Sobre o quê você está falando? — desesperou-se.

JeongIn se afastou. — Vocês magos, são todos iguais — o rosto abaixou. Havia sido ingênuo em confiar em HyunJin. — Nunca mais me procure, Sr. Hwang.

Minsung - Espectro VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora