Where's my phone?

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Quebra de tempo

DREW

— Ah, não! Que que é isso, cara. — nego com a cabeça parando do seu lado no fogão.

— Fritou o frango pra depois colocar no molho. — digo observando as panelas e Camila me ignora continuando a mexer o frango com o molho e aproveito para continuar lhe provocando.

— Que doideira, bro! — dou uma risada e Rodrigues para de mexer na panela.

— Dru, deixa te fazer uma pergunta. Só uma pergunta, sério. — ela diz colocando o braço na cintura.

— Por que o cabrito caga bolinha? — começo rir pela pergunta fora de contexto, mas ela continua seria.

— É uma pergunta séria. — ela diz agora cruzando os  braços.

— Não sei, gata. — respondo após me recuperar me encostando na bancada ficando da sua altura com um sorriso divertido.

— Você não entende nem de merda, vai saber sobre frango frito. — diz me empurrando e volta sua atenção à comida.

Antes que eu possa rebater a panela de pressão começa a chiar.

— Puta merda. — dou um pulo pra trás.

— Porque você tem uma bomba na cozinha? — pergunto.

— Se não precisasse dela pra cozinhar o feijão, eu nunca chegaria perto de uma. — responde se afastando da panela igual eu.

— Preciso marcar os minutos na pressão.

— Você viu meu celular? — pergunta ao passar o olhar pela bancada e não enxergar o aparelho.

— Não.

Minha namorada sai pela casa a procura do telefone e eu vou atrás. Não vou ficar sozinho com aquela panela maluca.

Ela vasculha em todos os cômodos, mas não tem sucesso.

— O que foi? — Maddie pergunta esparramada no sofá.

Desde do resultado da gravidez, Madelyn tem ficado com a gente. Vez ou outra vai até seu apartamento, mas sempre volta. Achamos que seria melhor ela não passar por isso sozinha.

— Não acho meu celular. — explica Camila.

— Talvez eu tenha sentando nele. — Cline se levanta, mas nada.

— Quer o meu celular para ligar pro seu? — pergunto e ela acena.

Ela liga para o próprio número e escutamos atentamente para acharmos o celular.

Um toque abafado preenche nossos ouvidos e Camila segue em sua direção. Ela entra no quarto e em seguida fala:

— Porque meu celular está na sua mala, Starkey? — grita do quarto e logo aparece novamente segurando uma meia minha, a qual seu celular está dentro.

Um belo esconderijo.

Me seguro para não rir logo de cara, concentro-me para fazer a cara mais lavada que consigo.

Transferida 2 - Drew StarkeyOnde histórias criam vida. Descubra agora