Capítulo quinze.

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Estávamos na frente da escola, vinhemos buscar as meninas, tivemos um leve atraso, depois de ficarmos aos beijos no chuveiro, mas assim, nada demais.

A culpa foi minha? Foi. Eu fiquei provocando a minha esposa? Fiquei. Mas essa é a parte boa da vida, curtir os pequenos momentos com quem você ama.

- Boa tarde, vinhemos buscar as meninas - falo para a professora que estava na porta.

- Mas as filhas de vocês não estão aqui - rebate a professora. Teve um baque no coração na hora, como assim nossas filhas podem não está aí? Como minhas filhas podem não está aí?

- Como não? Deixamos elas aqui - fala Gabriela quase indo pra cima da mulher - Somos os pais, como minhas filhas podem não está aí?

- Um homem veio buscar elas, ele disse que era tio das meninas.

Eu não acredito que aquele cara psicopata levou minhas filhas, eu estou com tanto ódio, que eu sou capaz de matar ele, se ele encostar em um fio de cabelo delas, eu não respondo por mim.

- Você é louca? Deixou levarem minhas filhas e nem se quer me ligou pra perguntar ou avisar?

- Desculpe senhorita, ele disse que tinha autorização dos pais.

- Ele não tinha autorização, vocês deveriam ligar para os pais para perguntar quem pode ou não tirar seus filhos da escola.

- Me desculpem.

- Me desculpem? Minhas filhas sumiram e você me pede desculpa?Se minhas filhas não aparecerem rápido, eu acabo com essa escola.

- Amor - seguro o ombro dela - Vem, vamos encontrar elas, fica calma.

Gabi esquece a mulher e então começa a ligar para os seus pais, pra ver se eles sabem de alguma coisa, e só cai na caixa postal, estamos realmente desesperados, nenhum pai deveria passar por isso, nossos filhos são nossos bens mais preciosos.

POV's Gabriela Versiani.

- Pai?

- Gabi? Oque aconteceu?

- Pai, onde o senhor tá?

- No restaurante, por que?

- O Alan tá aí com minhas filhas?

- Não, como assim com suas filhas?
Ele pegou as meninas Gabriela?

- Ele pegou as na escola, pai, eu tô desesperada, não sei oque fazer.

- Vou falar com sua mãe pra ver se ela
sabe de alguma coisa, venham pra cá.

- Ok, estamos indo.

Eu estou ao ponto de ter um colapso nervoso, só de pensar minhas filhas com aquele verme.

Eu só sei que se ele encostar em um fio de cabelo das minhas filhas, eu mesma mato ele.

Chegamos no restaurante dos meus pais que também estão tão desesperados quanto a gente. Liguei para nossos amigos pra perguntar se eles tinham visto alguma coisa, mas nada. Eles pegaram os carros e também começaram a procurar.

Eu não desejo esse sentimento pra ninguém, estou com uma angústia enorme no peito, não consigo parar de pensar nas minhas filhas.

[...]

Passamos quatro infinitas horas rodando a cidade procurando por elas, e eu só conseguia pensar no pior, pensar em como elas deviam tá agora, onde deveriam estar, se estavam assustadas ou não. Meu Deus, só queria elas comigo agora.

Eu já chorei, chorei de raiva, tristeza, de angústia, eu só quero minhas filhas bem.

Paramos em um sinaleiro ao lado de um parque de diversões, quando eu percebo bem pela janela, Evelyn com um algodão doce na mão, pisco várias vezes pra ter certeza que não era uma ilusão da minha cabeça, abro a porta do carro e saio correndo em direção à ela.

- Ei, onde você estava? - falo dando um abraço nela, quase chorando.

- Tava com o tio, ele falou que vocês deixaram a gente sair com ele hoje.

- Cadê sua irmã? - pergunta Richard.

- Está ali ó - ela fala apontando pra Anna que está vindo correndo em nossa direção.

- Mamãe, mamãe - grita Anna enquanto corre.

Eu vou em direção a ela e dou um abraço bem apertado, tava muito aliviada por elas estarem bem.

Obrigada Deus.

Estava tudo bem, quando derrepente o Alan aparece.

- Oi Gabi - ele fala com um sorriso presunçoso.

- Rich, leva as crianças pra carro, eu já vou.

Ele resiste um pouco mas logo vai, e leva nossas filhas até o carro. Quando eu vejo que eles estão em uma certa distância da gente, começo a falar.

- Olha aqui, você nunca mais toque nas minhas filhas, não quero você perto delas, não quero nem que elas respirem o mesmo ar que você.

- Ah, que pena, nós nos divertimos tanto. Olha aqui, eu vim aqui atrás de você, você ainda é minha!

Estremeço de ódio e sem pensar dou um tapa na cara dele.

-  Sua? Você acha que eu não lembro tudo oque você já me fez? Não quero você perto de mim e da minha família, seu psicopata.

- Psicopata? Eu? Você não viu nada ainda.

- E nem espero ver. Me esquece!

- Vamos ver Gabriela. - fala e vai embora. Acho que nunca senti tanto ódio assim, a pessoa vem aqui pra ameaçar a mim e a minha família? Isso é demais, é psicótico, eu não me sinto mais segura com ele aqui.

Avisamos a todo mundo que tínhamos encontrado elas, e fomos pra casa. Dei um sermão daqueles na professora da escola, e deixei claro pra ela que só quem poderia buscar minhas filhas, era eu e o Richard, e se caso acontecer da gente não ir e mandar outra pessoa, nós iríamos avisar por telefone, ou eles mesmo deveriam ligar pra gente pra saber se a pessoa tinha ou não autorização pra tirar as crianças da escola.

Chegamos em casa acabados, colocamos as crianças pra jantar e depois tomaram banho, e como amanhã é sábado, ficamos os quatro brincando na sala.

Estou tão aliviada das minhas filhas estarem em casa são e salvas, eu realmente não sei oque seria de mim sem elas, elas fazem literalmente parte de mim, e não vou deixar ninguém machucá-las.

- Mamãe? - fala Evelyn.

- O que foi meu amor?

- A gente não vai ver mais o tio?

Respiro fundo.

- Não meu anjo, ele não tá bem da cabecinha, então é melhor ficarmos longe dele.

- Ah, certo...eu não gostei muito dele mamãe - ela fala abaixando a cabeça.

- Ele te fez alguma coisa filha?

- Não...ele só não era muito legal.

Dizem que as crianças e os animais sentem quando uma pessoa não é boa.

- Por isso vamos ficar longe tá? - falo lhe dando um abraço.

- Ele fez várias perguntas sobre o papai.

- Que perguntas? - falo confusa.

- Sobre oque ele fazia, com oque ele trabalhava, aonde ele trabalhava, essas coisas.

Fazia todo sentido, ele foi ver se conseguia mais informações com meus filhos, eu só consigo ter mais raiva desse homem.

- Tá bom meu amor, não se preocupe, tá tudo bem, ninguém vai te fazer mal. Agora é hora de dormir - falo enrolando ela na cama e lhe dando um beijo na testa.

- Boa noite mamãe.

- Boa noite anjinho.

você está em tudo, richard ríos.Onde histórias criam vida. Descubra agora