Juntos Além do Tempo

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Os nossos corpos próximos, minha selvageria inata contrastando com a delicadeza provocada de minha esposa, eu sinto a respiração desse seu corpo, cada pulso ou movimento; seu cheiro me enlouquece

Sua cabeça em meu peito viril, grande como uma muralha, sinto-te suspirar nele.

As suas mãos tão macias apalpam essa carne tão castigada e treinada de tantas eras de guerras, o aconchego sendo encontrado em mim.

Você pode se proteger sozinha, Morte, quer que eu te proteja? Eu me sinto lisonjeado pelo seu desejo.

Um golpe meu foi mais do que o bastante, com brutalidade dividi aquele monstro em dois, eu sei que você não sente medo dele, não precisa fingir, meu amor

Sua mão segura a minha, os calos de tantas batalhas as cicatrizes desse corpo maltrapilho e as imperfeições desse corpo com que me acostumei e sua mão tão macia e delicada, como se você também nunca tivesse lutado...

Que visão bela é vê-la sorrindo, nunca solte, estou contigo até o fim

Eu nunca parei pra pensar no quão alta tu eras, nunca percebi que teus negros lábios chegavam nos meus com tanta facilidade.

Sua respiração, por que me atrai? Ou então seu corpo, eu não sabia que era tão grande assim, nunca parei para pensar na sensação de segura-la pela bunda nem em nossas muitas noites de união pensei no êxtase que era ter-te tão pertinho assim

Seus lábios são nuvens e me atraem mais do que qualquer coisa, o seu cheiro me envolve cada vez mais.

Você, Morte, é mais ilustre das moças e das outras se destaca, quem pensaria que o Fim é uma mulher e ainda por cima a melhor mulher de todas?

Quem pensaria que a esposa do Eterno é a "Ternidade"?

Sem tu, meu docinho, eu não sou metade do que agora sou. Você, meu amor, é a minha companheira eterna

Amo-te de muitos amores além do "para sempre"

Seu corpo sempre foi tão sexy...?

Coletânea de contos e poesiasOnde histórias criam vida. Descubra agora