Coletânea de contos e poesias

Jake

Eu sou Jake, Jake é um faxineiro e Jake tem 22 anos.

Bom, ganho pelo menos o suficiente pra viver acho que não tenho do que reclamar né...?

Meu último familiar, minha mãe, morreu a poucos meses atrás em decorrência de uma forte tuberculose que a matou em questão de dias.

Um dia eu saí do meu apartamento, dei bom dia aos ratos que comiam a tinta do meu quarto que possuía alguns focos de bolor, mas nada preocupante. Como se um funguinho fosse capaz de me matar hehe... Isso me lembra da minha ex-namorada, muito triste foi morta em um latrocínio, será que ela ficaria feliz em saber que naquela noite eu a pediria em noivado?

Mas como ia dizendo, dou bom dia aos meus ratos e agradeço pelo bolor manter meu sistema imunológico funcionando.

Oh não! Sr rato, não é pra morder meu pé!

Já é a quinta vez essa semana sr rato, não pode morder meu pé!

̷O̷ ̷q̷u̷e̷ ̷e̷s̷t̷o̷u̷ ̷p̷e̷n̷s̷a̷n̷d̷o̷?̷ ̷M̷i̷n̷h̷a̷ ̷v̷i̷d̷a̷ ̷é̷ ̷u̷m̷a̷ ̷b̷o̷s̷t̷a̷

Coloco novamente a roupa de faxineiro, meu trabalho é limpar e limpar o que eles sujam, mas veja bem pelo menos eu ganho alguma coisa.

Meus amigos, o que Jake fez pra xingarem ele assim?

O que Jake fez pra baterem nele?

̷P̷o̷r̷ ̷q̷u̷e̷ ̷v̷o̷c̷ê̷s̷ ̷m̷a̷c̷h̷u̷c̷a̷m̷ ̷J̷a̷k̷e̷?̷ ̷

̷P̷o̷r̷ ̷q̷u̷e̷ ̷v̷o̷c̷ê̷s̷ ̷e̷s̷t̷ã̷o̷ ̷f̷a̷z̷e̷n̷d̷o̷ ̷i̷s̷s̷o̷ ̷c̷o̷m̷ ̷J̷a̷k̷e̷?̷

Minha infância foi ótima! Não preciso lembrar dela novamente, afinal papai e os amigos dele disseram que era nosso segredo.

O que eu estou fazendo? O melhor a se fazer é... Minhas pílulas, onde estão?

A faca, não sra faca, você é má, você não vai acabar com o sofrimento de Jake.

Jake não, minhas pílulas.

Que vida é essa que vivo?

Sua vida não vele nada...

Pílula...

Que tremor é esse?

O que acontece fora do apartamento de Jake?

....... O que é isso?

Toma todo o horizonte, isso não é real, não pode ser real.

O que esse ser pensa estar fazendo? Ele ri enquanto mede forças com um ser com inúmeros tentáculos; nojento, como um polvo e dragão e humano.

Um ser com uma armadura de escuridão se apoiou no meu ombro, "você tá quebrado, hein!" Eram suas palavras, maior do que eu, o dobro de mim.

Eu só preciso de remédio...

O peteleco desse ser gigantesco em minha testa foi o suficiente:

- Curado? - ele diz fiscalizando meu corpo com os olhos - não parece mais louco, quem é você jovem? - e ele estende a mão.

- Meu nome é Jake. - e eu seguro em sua mão, sem problemas me ajudando a levantar.

- Prazer Jake, sou o Infinito. Vi que sua situação não era das melhores e quis te ajudar, está tudo bem agora? - dizia com uma voz grossa e inspiradora.

- Acho que sim. - minha cabeça dói...- o que está acontecendo alí? - digo apontando os dois grandes monstros lutando

- Alí? Estou brigando com o Cthulhu desse universo, maneiro né? - e o Infinito se deitava no ar com os braços cruzados enquanto ria.