— Querem morrer? — a firme voz vinha do trono de mortos
— Viemos te destruir, seu maldito! Por tudo que fez ao nosso mundo!
— Cale-se, verme! Acha que é quem pra levantar a voz pra um rei — olhos de brutalidade cercam o grupo de heróis, o líder resistia com o olhar convicto e determinado de destruir Aquele no Trono
Várias bolas de fogo são lançadas contra ele, apenas um riso macabro é ouvido e se levantando, aquele rei abre os braços olhando para cima enquanto arqueia as costas pra trás rindo histericamente. O medo cobre a sala do trono.
Não existia reação que pudesse salvar o herói de ter sua face envolvida pela mão de seu inimigo, sem esforço é jogado contra a maga do grupo e batem violentamente contra a parede.
O olhar maníaco se concentra na curandeira e com suas garras ele erra propositalmente o golpe que a dividiria em 3 pedaços e a parede é retalhada como papel, sem muito excesso ele se impulsiona avançando contra a curandeira para trespassar a barriga dela com o punho.
O herói o impede com um chute em sua cabeça que o lança a alguns metros de distância:
— Até que você cresceu bastante, garoto! — o armadurado diz enquanto limpa a sujeira do chute em sua face
— Não vou deixá-lo dominar a minha real-
— O que? Fala pertinho que eu não tô ouvindo — ele já o estava encarando a poucos centímetros de seu corpo
Uma magia roxa corta o salão e acerta o demônio em vestes brancas em sua barriga lançando-o longe e subindo uma grande nuvem de poeira.
Ele se senta esperando a atitude dos aventureiros, não conseguiriam causar danos nele, e como mais forte, apenas se deliciava da luta e as suas emoções. Uma sombrancelha ele levanta ao ver um ataque de magia espacial com gravidade.
Era lançado contra ele um "planeta" que tinha por volta de 2 metros de raio e possuía mais massa que 20 sóis. Finalmente um bom golpe e abria os braços recebendo um buraco negro em seu estômago
Ele ainda ria:
— Finalmente decidiram lutar de verdade? Mas deixa eu mostrar uma coisinha — uma aura roxa e negra saia da sua mão e engolia o buraco negro — vocês são apenas formigas um pouquinho maiores do as outras
Um olhar confuso e medroso entre o grupo que se entre olhava, era o ataque mais forte deles?
— Parece que não existe uma real maneira de vocês sequer me ferirem, uma pena — suas garras cresciam e ele se aproximava calmamente — não conseguem sequer desviar de golpes tão lentos, é uma pena vocês serem tão fracos assim
Um sussurro do herói pra com seu grupo, eles tentam o impedir de usar algo. Com um movimento decidido o jovem adulto ergue uma espada de lâmina branca com uma grande jóia vermelha circular na guarda e começa a recitar um encantamento, o grupo se despede e saem rápido da sala do trono.
Vai morrer pra vencer? Uma pena, meu jovem, isso não irá funcionar... Um momento e na ponta do dedo do vilão um brilho saía e quebrava a espada trespassando a jóia vermelha que brilhava ardentemente.
Com calma ele anda subindo cada um dos degraus e se sentando no seu trono morto, um olhar decepcionado e entediado sem mais intenção assassina.
— Vocês são fracos demais, seu povo "sua gente" irá perecer pelos demônios e não há nada o que fazer. — o herói engole seco percebendo a presença pesada que aquilo impunha no ambiente — vou te dar duas escolhas: primeira, você vai morrer aqui junto da sua esposinha e amiguinhos ou se juntam a mim como capitães e juntos lutaremos contra os demônios. Qual acha mais atrativa? — o tom de voz sarcástico e desafiador, superioridade, ele o olhava de cima a baixo
O menino tremia, não sabia o que dizer ou o que fazer, as pernas trêmulas não saiam do solo e antes que engolisse o medo com uma dose de coragem um corte era feito, um levantar de dedos e seu braço voava pintando a parede de vermelho carmesim.
O olhar entediado se tornava impaciente com uma aura cada vez mais imponente e opressora, ele gritava de dor e seu grupo voltava forçado por alguns soldados que haviam voltado de uma outra guerra, e o jovem levantava os olhos e a curandeira tem os olhos molhados ao ver seu estado.
Outro corte, a menina tentava chegar perto de seu amado e foi recebida com um corte diagonal em seu torso que evitava atingir o bebê que carregava em seu ventre. Ela cai se revirando de dor, seu choro era ao ponto de soluçar e uma risadinha maligna era ouvida do trono.
Um olhar de raiva e quando se voltava para sentir raiva da sombra se acalmava ao lembrar que a vida de todos estava nas mãos daquele cruel tirano, ele levantava outro dedo lentamente
— A gente se une a vocês! Só não mata a minha esposa e meus amigos, por favor! — o jovem dizia enquanto se curvava com a cabeça no chão e silêncio...
Um sorriso e com um estalar de dedos ele chamava uma amiga, uma visão cadavérica flutuava um pouco encurvada na frente do trono, com sussurros as ordens eram dadas e logo todos estavam curados e colocados em linha na frente da escadaria do trono, sem muitos detalhes o rei explicava que toda a jornada que aqueles heróis tiveram foi obra de um capricho seu e como seu exército não possuía ligações com o inferno e os demônios
Eles olham descrentes, mas a figura cadavérica completava as informações e mostrava que era verdade o que foi dito
— Não temam, ele cumpre com o que promete. Vocês estão em boas mãos agora; você, mocinha maga, meu senhor mandou lhe mostrar algo que a fará feliz; a você guerreiro, possuímos todo tipo de armamento a seu dispor; a arqueira e ao paladino, possuímos um ótimo refeitório; ao inventor, temos uma oficina; e a bruxa, temos contatos com várias divindades e seres que possa fazer pactos. Tendo dito isto, me acompanhem, irei pessoalmente os apresentar a todo lugar. — dizia a caveira de forma graciosa, com voz aveludada, calma e tranquila, reconfortando-os
Após o grupo sair outra vez a aparição a seu lado
— Como eles venceram cada um dos capitães que mandei? Era para eles serem mais fortes do que são agora, pelo menos eram para ser capazes de lidarem com um príncipe do inferno cada... Morte, acha que eu-
— Seu planejamento foi correto meu senhor. Não havia falhas de sua parte, mas eles utilizaram da magia do cristal vermelho que destruiu para ficarem mais fortes e derrotar os capitães de meu senhor
— Entendo, então aquele cristal vermelho era um expurgo limitado que dava uma vitória fácil...
— Precisamente.
Ele não ia se matar pra me vencer, ia correr risco de vida se assim é o caso...
— Devo preparar seu banho, milorde?
— Como quiser, estou cansado de usar subordinados pra treinar uma penca de gente que não consegue nem ao menos usar "poder da amizade" contra o "grande vilão da história", gentinha preguiçosa do caramba...
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Coletânea de contos e poesias
FantasyContos e poesias que escrevi em meu tempo livre ou quando vinha inspiração.