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Jenna

Assim que Emma abriu a porta, senti os braços dela me abraçarem.

- Deu certo? - Ela perguntou preocupada. - Natalie não te tratou mal, certo?

- Não, ela foi compreensiva. - Falei sorrindo. - Ela disse que vai precisar de um tempo pra se acostumar, mas que me aceita.

- Estou feliz por você.

Emma trancou a porta e me puxou para o sofá da sala.

- Comprei comida japonesa pra gente.

- Cadê a Rosé?

- Ela disse que vai dormir na casa do namorado.

- A dona Rosé namora? - perguntei surpresa.

- A idade não impede ela de namorar, Bobinha. - Emma falou rindo da minha cara.

- Ei, eu não sou bobinha.

- Claro que é. - Emma me deu um selinho. - Vamos comer logo, estou com fome.

- Nunca comi isso. - Apontei pra comida japonesa.

- Por isso peguei esses talheres pra você.

- Vamos comer de garfo e faca?

- Para de reclamar, mulher. - Ela revirou os olhos.

Emma preparou tudo e me olhou.

- Olha prova o salmão com esse molho. - Ela apontou para o molho esquisito.

Não falei nada, apenas fiz o que ela me indicou.

- Bom, eu não achei ruim, mas não é a melhor comida do mundo, e eu não comeria isso todos os dias. - Falei.

- A única coisa que você comeria todos os dias sem reclamar é minha boceta. - Emma falou e eu acabei engasgando com Hot Roll.

- Quer me matar engasgada? - Perguntei ainda tossindo.

- E por acaso eu menti?

- Isso não é coisa pra se falar em um jantar.

- Sabe de nada, Bobinha. - Emma deu uma piscada pra mim.

Continuamos comendo, Emma ficou tirando com a minha cara, disse que eu estudei o nome da comida japonesa, já que eu sabia o nome de todas que ela tinha comprado.

Fomos escovar os dentes, depois começamos a ver TV no quarto dela.

- Se quiser pegar alguma coisa no Frigobar, vou ali e já volto.

- Ta bom.

Emma me deixou sozinha no quarto, e eu fui olhar o que tinha no frigobar.

Só rico pra ter uma mine geladeira no quarto e dizer que é frigobar.

Notei que tinha algumas garrafinhas de água, energético, refrigerante e um tipo de vodka.

Peguei uma latinha de Monster e dei um gole, até que está bem gelado.
E eu com meu preconceito.
Coloquei a lata em cima da mesinha.

-  A Rosé chegou. - Emma falou voltando para o quarto.

Emma não demorou para deitar na cama, e eu fiquei ao lado dela.

- Então, a Rosé mora com você a quanto tempo? - Perguntei enquanto dava um beijinho na cabeça.

- Desde quando eu era criança. Ela não tem filhos ou marido, então é tranquilo pra ela trabalhar aqui.

- Seus pais gostam dela?

- Eles a tratam como se fosse da nossa família. Ela ganha muito bem para trabalhar aqui e "cuidar de mim", mas ela que é bem que uma funcionária pra gente.

- Seus pais não são aqueles riquinhos metidos?

- Não, eles nem parecem ricos. Quando meu pai está em casa usa bermuda de malandro, chinelos havaianas, e fica sem camisa.

Dei uma risada da fala da Emma.

- Espero que um dia eu conheça eles, e espero que eles gostem de mim.

- Meus pais vão vir na semana que vem, vão ficar aqui uns quinze dias...

Eu não queria parecer afobada para conhecer os pais dela, pode parecer que estou esforçando um relacionamento.

- Podemos marcar um almoço aqui em casa com nossos amigos, meus pais, você e sua mãe.

- Certeza que seus pais não vão achar ruim por sermos classe baixa? - Perguntei.

- Eu te garanto. - Emma sorriu.

- Ta bom, podemos planejar esse almoço.

- Agora quero dormir abraçada com você. - Emma falou praticamente em cima de mim.

- Percebeu que essa é a segunda vez que só dormimos? Todas as outras noites transamos, tirando a primeira noite que nos conhecemos e hoje.

- Hoje estou cansada, mas se quiser...

- Não, não é isso... só é legal, tipo, ficar assim com você. - Eu me perdi totalmente.

- Ta bom, acho que entendi.

Emma me abraçou mais, senti ela respirando perto do meu pescoço.

Pouco tempo depois ela pegou no sono, bem em cima de mim.

✌🏽

Você mandaOnde histórias criam vida. Descubra agora