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Jenna

Já tem dois meses desde o acidente da Emma, a fisioterapia dela está surtindo efeitos, mas é angustiante pra mim ver ela chorando de dor. É bastante cansativo e o processo é lento.

Nesses dois meses eu vendo me desdobrando, tem a faculdade, o trabalho e a Emma.

Não estou tendo tempo nem para os meus amigos, e como Emma notou que eu estou meio cansada, ela acabou convidando nossos amigos e minha mãe pra um almoço de família. 

Os pais da Emma são uns amores de pessoa, me tratam como filha, e gostaram bastante da minha mãe.

- Você e a Emma estão bem? - Hunter perguntou.

Estamos na piscina, enquanto as meninas estão ajudando a Emma a procurar um biquíni, e minha mãe está na cozinha com os pais da Emma.

- Já tem três dias que ela está puta comigo.

- Ela planejou todo esse almoço de família pra te deixar relaxada, mas está brava com você? - Ele perguntou sem entender. - Mulheres são estranhas.

- Mesmo com todo problema, Emma fica me provocando. Agora consegue tomar banho sozinha, sair da cadeira e ir pra cama. Consequentemente, consegue tirar a roupa toda e ficar me esperando na cama.

- E o que você faz?

- Finjo que não ligo, as vezes deixo ela e vou tomar banho, ou simplesmente abraço ela de conchinha e durmo.

- Puts, você também dá mancada...

- Eu estou cansada, Hunter. E também não quero fazer sexo com a Emma assim, deve ser encomodo pra ela.

- Mas ela quer, sua idiota.

- Ela é uma tarada, isso sim. - Comentei e o Hunter sorriu.

- Você também é.

- Vamos mudar de assunto? - Perguntei.

- Quer falar sobre o que?

- Sobre o Joseph. - Vi meu amigo sorrir. - Mesmo estando trabalhando na sua casa, não conversamos sobre isso.

- Joseph amou o notebook, mas não queria aceitar, disse que já é muito grato por ter o trabalho.

- Mas o Joseph mais novo que a gente, e mora sozinho?

- Ele acabou de completar dezoito anos, e conversamos um pouco ele me falou da vida, e é triste.

- Me conta ai, cara. - Fiquei curiosa.

- Os pais dele são italianos, vieram da Itália à algum tempo. Não conseguiram se estabilizar como pensaram. Então começaram a passar dificuldades, ainda  sim, tinham um teto simplesmente pra morar. - Hunter deu um suspiro. - A mãe dele tinha problemas psicológico, acabou se enforcando, quando Joseph chegou da escola viu aquela cena e ficou sem entender porque até então ele era uma criança.

- Meu Deus, amigo. - Que barra pesada. - E o pai dele?

- O pai dele ficou louco, era completamente apaixonado. Os pais dele se conheciam desde criança. Passou os anos, e o pai começou a se alcoolizar, um dia estava voltando pra casa bêbado e um carro atropelou, acabou que morreu também.

- Coitado do Joseph, eu nem imagino o que faria se acontecesse algo parecido com minha mãe .

- Pois é, ai desde então ele ficou morando na rua, fugindo do pessoal que queria levar ele para o orfanato, já que ele era menor de idade.

- Que história, meus amigos, que História.

- Maria o encontrou na rua  todo doente, levou pra casa dele e cuidou, depois foi e o indicou para trabalhar lá em casa.

- E agora ele está morando a onde?

- Contei a história aos meus pais, eles ficaram totalmente melancólicos.

- Vocês vão cuidar dele?

- Você sabe como meus pais queriam ter outro filho, e minha mãe é totalmente emocionada para essas histórias. Meus pais chamaram o Joseph pra conversar, explicou que ele poderia ficar em um dos quartos da nossa casa, e que iria fazer a matrícula dele na faculdade.

- Ele escolheu fazer faculdade de que?

- Medicina. - Hunter falou simples.

- Ta de sacanagem, o moleque é gênio então.

- Meus pais vão pagar a faculdade do Joseph, só que vão monitorar as notas. Minha mãe sugeriu que ele parasse de estudar e focar somente no estudo, mas ele se recusou, só aceita tudo se continuar trabalhando, para pagar tudo que estamos fazendo por ele. - Hunter revirou os olhos.

- Ele não vai aguentar, faculdade de medicina é cansativo, não vai dar conta de trabalhar e estudar.

- Meus pais fizeram o acordo. Se as notas dele abaixarem por causa do trabalho, Joseph teria que se dedicar somente a faculdade e deixar de mão o trabalho.

- E você?

- Eu o que? - Perguntou sem entender.

- Está com ciúmes por seus pais estarem fazendo essas coisas por ele?

- Não, eu acho bonito o gesto dos meus pais em ajudar quem realmente precisa. E o Joseph merece o mundo, sofreu bastante.

- Por acaso você está gostando dele?

- O que? Claro que não, Joseph recém completou dezoito anos, e eu vou fazer vinte e dois.

- Isso não tem nada haver, Hunter.

Quando Hunter ia falar algo, ouvimos o barulho da cadeira de rodas da Emma.

Essa cadeira elétrica é maneira, quando a Emma dormiu, eu sentei para ver qual era a sensação.

- Chegamos. - Joy falou.

Joy estava de um lado, Emma no meio e a Naomi do outro lado, ambas de biquíni.

Emma com seu biquíni preto, aquelas coxas maravilhosas, os peitos, meu Deus, como eu amo os peitos medianos dela.

- Você está babando, pateta. - Hunter  deu um tapa no meu ombro.

- Me ajudem a entrar na piscina. - Emma pediu e Hunter saiu da piscina para ajudar, e quando ia sair também ela simplesmente me deu uma patada. - - Você fica ai, não quero que me ajude.

- Mas Emma...

- Não quero saber, Ortega.- Ela falou só isso.

Pelo jeito minha namorada vai continuar me ignorando o resto do dia.

👍🏽

Você mandaOnde histórias criam vida. Descubra agora