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Jenna

Emma está em casa a quatro dias, e desde que ela saiu do hospital, eu não sai do lado dela.

Hoje vim trabalhar, aproveitei para conversar com a minha mãe sobre ficar com a Emma, de início ela não gostou muito, mas acabou concordando.

- Filha, você fez a reserva no hotel que te pedi ?

- Sim, tio. Deixei reservado a suíte que você pediu.

- Ótimo, eu e a Josie vamos pegar o vôo hoje para Coritiba. Ficaremos até o fim de semana, espero que dê pra resolver tudo até lá.

- E o que eu faço?

- Pegue o celular que liberei para você trabalhar, anote todos os recados que chegar pra mim. Se chegar algum caso, me envie imediatamente. E no celular também tem a conta do Banco, se o Hunter precisar de mais dinheiro para resolver o problema do Joseph, pode transferir o dinheiro.

- Mas isso é muita responsabilidade, tio. - Fiquei encarando ele.

- Confio em você. Bom, acho que você está liberada, pode ficar em casa esses dias, só leve o celular com você.

- Sim senhor.

O tio saiu do escritório, eu caminhei até o quarto do Hunter.

- Ei, o que está fazendo?

Perguntei para o meu melhor amigo. Ele estava embrulhando algo.

- Estou tentando embrulhar esse notebook.

- É o que você comprou para o Joseph?

- Sim, inclusive comprei os presentes dos funcionários, entreguei todos, só falta o do Joseph.

- Por que está tão empenhado em ajudar o garoto? Inclusive, vi ele agora pouco.

Acredito que ele tenha a mesma idade que eu, ou até mais novo.

- Não estou empenhado em nada, Jenna. - Hunter respondeu sem me olhar.

- Aham, e é por isso que seu pai mandou eu transferir dinheiro pra você, caso precise para resolver o "problema" do Joseph.

- Ai Jenna,  você está muito chata, isso é falta de transar.

- Nem começa, o assunto não sou eu.

- Até a Emma melhorar da cirurgia... Pra você foder com ela, vai demorar.

- Hunter, para de ser idiota. Não vou transar com a Emma, só quando ela voltar a andar.

- Isso preconceito com cadeirantes, sabia? - Ele perguntou rindo.

- Não, isso é cuidado, é querer que ela fique confortável.

- Certinha, do caralho. Não gosto da sua amizade.

- Você me ama, puto. - Respondi sorrindo.

- A tia amou o presente, acredita? - Ele se referiu a TV.

- Acredito, ela foi me falar toda empolgada.

- Todos amaram os presentes, espero que Joseph também goste.

- Ai, tchau.

- Coisa chata. - Ele falou.

Sai do quarto do Hunter e desci até a cozinha. Minha mãe deve estar de papo com a Maria.

- Mãe, vou pra casa da Emma. - Avisei.

- Já foi liberada?

- Sim, o tio foi resolver as coisas pra viagem deles.

- Entendi, e a Emma?

- A fisioterapeuta iria lá na casa dela hoje, vai conversar sobre tratamento, essas coisas.

- Entendi. E sua faculdade?

- Tudo certo, mãe. Minhas notas continuam boas.

- Não quero que você descuide disso.

- Não vou, prometo.

- Falta só mais dois anos de curso, aguenta.

- Sim senhora, mas agora já vou indo. Quero saber como a Emma passou o dia.

- Vai lá, mas não esquece que tem mãe.

👍🏽

Você mandaOnde histórias criam vida. Descubra agora