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Quando vejo Luan no sofá da sala.
Helena: O que você está fazendo aqui? - ele não acordou.
O cutuquei até ele acordar.
Helena: O que está fazendo aqui?
Luan: Ah eu que te trouxe para casa.
Helena: E a minha prima?
Luan: Deixamos ela em casa, e viemos para cá.
Helena: Não sei porque, o que está fazendo aqui?
Luan: Você estava mal ontem, eu te trouxe quando estava indo embora começou a chover forte e você pediu para eu ficar e não te deixar sozinha. Fiquei do seu lado lá até dormir, e depois vim para cá, sabia que iria acordar e não lembrar de nada.
Helena: Ótimo, obrigada por me trazer agora já pode ir. Não tem mais chuva.
Luan: Lena.
Helena: Não Luan, por favor não insiste. Já vimos que não vai dar certo.
Luan: Me deixa te contar o que aconteceu, depois prometo que vou embora.
Helena: Eu vou vestir uma roupa. - voltei para o meu quarto.
O Deus, sou eu de novo.
Vesti, e voltei.
Ele saia do lavabo.
Luan: Senta aqui. - bateu do seu lado no sofá.
Helena: Fala, minha cabeça está estourando. - sentei.
Luan: Aquele dia eu sai daqui, e falei que iria resolver as coisas com a Beatriz não foi? - concordei. - E foi o que fiz.
Helena: Tanto é que passaram o dia juntos, o que foi? Se resolveram e voltaram. É isso?
Luan: Não, espera eu falar.
Suspirei.
Luan: Cheguei lá, e ela havia acabado de chegar do hospital. Ela descobriu que tem câncer. Lena, eu vivi uns anos com ela e ela só precisava do meu apoio.
Helena: Então vai lá apoiar ela, o que está fazendo atrás de mim?
Luan: Porque é você que eu amo, mesmo depois de anos separados. - se aproximou mais. - Para ela eu só quero oferecer a minha amizade. Só isso, é um momento delicado. Não acha?
Helena: Desculpa se sou uma sem coração, uma egoista sei lá mas como quer que eu fique? Como você acabou de falar, vocês passaram anos juntos quer continuar a "amizade" com ela? Desculpa, não tem como eu aceitar e ficar confortável com isso. Me entende? É a mesma coisa, que se fosse o Marcos, você não gostava nem que eu tocasse no nome dele.

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Helena: Me entende? É a mesma coisa, que se fosse o Marcos, você não gostava nem que eu tocasse no nome dele.
Luan: Ele é diferente, foi um escroto contigo.
Helena: Pois é, tenho ódio daquele idiota e mesmo assim você morria de ciúmes dele, quando estávamos no mesmo ambiente.
O olhei.
Helena: Odeio ele, e só queria distância e mesmo assim você não gostava. Como vou gostar, de saber que você tem uma amizade com a sua ex?
Luan: Tudo bem, você tem razão. - suspirou. - Eu não sei o que fazer. Eu te amo, e é com você que quero ficar. Mais ao mesmo tempo, não queria a abandonar nesse momento sabe.
Helena: Você já tem a sua resposta, acho que já pode ir né?
Luan: Você diz que me ama, mas sempre está me expulsando de tudo. Não tenta.
Helena: E vamos viver assim para sempre Luan? Essa é a terceira vez que estamos conversando, terceira vez que houve algum mal entendido. A gente tenta e sempre tem alguma coisa para atrapalhar.
Luan: Não faz assim. - me abraçou.
Helena: Desculpa, mas hoje é isso. Eu amo você, amo tudo o que vivemos juntos e estava empolgada para o que poderíamos viver, planejar. - sorri. - Mas não vai ser dessa vez.
Luan: Eu não vou desistir. - me deu um selinho, pegou o celular e saiu pela porta.
Deitei no sofá, e suspirei.
O seu perfume ficou impregnado no meu sofá.
Que ódio.
— Luan Narrando
Cheguei em casa, e dou de cara com a Beatriz conversando com a minha mãe na sala.
Luan: É...
Ana: Oi filho.
Luan: Bia. - a cumprimentei. - O que faz aqui? Aconteceu algo?
Beatriz: Eu só vim te ver, mas como não estava fiquei conversando com a sua mãe.
Ana: Ela estava falando com está se sentindo.
Luan: Ah, você tá bem?
Beatriz: Sim, tive a primeira sessão de quimioterapia ontem.
Luan: Ah, logo logo você vai estar livre disso. Eu... eu vou subir com licença. - subi as escadas, e ao entrar no meu quarto me joguei na cama.
Uns cinco minutos depois, ouço batidas.
Abri, e era a Beatriz.

Uma ex 👠Onde histórias criam vida. Descubra agora