Capítulo 4

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Ainda em Itaú, mas doida para viajar pelo Brasil inteiro!

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Ainda em Itaú, mas doida para viajar pelo Brasil inteiro!

     Recomeçar em uma cidade nova, numa quinta-feira, é um estímulo para adiantar o fim de semana. Amo as quintas à noite! Para minha sorte, está havendo uma festa, com vários shows de duplas sertanejas, em Itaú de Minas. Vim para o lugar certo. O universo está conspirando a meu favor. Só falta ganhar na Hiper-Sena, o que não demora a acontecer. Amanhã é o grande dia!

      Faço Allyson me acompanhar na noitada, que eu ia querer mesmo se a chuva não tivesse dado uma trégua, e cantamos juntas o melhor sertanejo universitário do momento. Saímos do lugar alegres — leia-se: bêbadas! — quase ao amanhecer. Estou com fome e decido passar em um carrinho de lanche para me empanturrar com um x-tudo e Coca-Cola.
 
      Se estivesse em São Paulo, iria à feira me refestelar com pastel e veria o sol nascer na companhia de meus amigos de farra.

       — Ah, Camila, como me faz falta ter uma companhia para sair! — desabafa minha única amiga na cidade.

       — Ué, você é nova, garota! Não namora,

não?

      Xi, falei tanto que me esqueci de perguntar se ela tinha alguém. Como sou distraída!

       — Que nada, sô. Meus namoros não dão certo. Não sei fazer esse trem decolar!

Caio na risada. Fico imaginando um trem

voando como um avião, basta incluir asas nele. Allyson não entende meu rompante e me preocupo que esteja pensando que eu estou rindo dela. Tomo um gole da minha bebida gelada para molhar a garganta que se irrita de tanto rir.

      — Desculpe, não estou zoando com a sua cara, não. Sinto muito por seus namoros. Acho que estamos no mesmo barco. Eu até tentei juntar meus trapos com um cara, mas não durou.
 
      — Dou de ombros. — A gente era muiiiiiiiiiiiiito bons juntos!

      Sorrio maliciosamente, me lembrando das peripécias que Austin e eu fazíamos na cama. Ah! Que saudade!

       — Vocês tinham química? — me pergunta Allyson, toda curiosa.

       — Sim, sim, muita!

      — Uai, por que acabou, então?

       — A gente mantinha uma relação bem liberal, sabe? Eu tenho um amigo gay que adorava participar de nossas festinhas a três. Meu ex, o Austin, é bissexual, e eu amava vê-lo com outro homem. — Eu me debruço para cochichar em seu ouvido. — Não tem nada mais sexy, nem mesmo duas mulheres se pegando têm tanto ardor. — Afasto-me e concluo o relato em voz alta: — Pois bem, ele se apaixonou pelo Thiago e vice-versa.

       — Ah, que droga, Camila. Que trem chato! Dou uma mordida no meu lanche gorduroso.

      — Não se preocupe — respondo com a boca cheia. — Estou feliz por eles terem encontrado o amor um no outro. A vida é assim mesmo. Eu ainda vou achar outra paixão, tão ou mais avassaladora do que a que tivemos.

Eu Nunca - Camren (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora