Capítulo 18

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Ponta do Mel, Areia Branca, Rio Grande do Norte

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Ponta do Mel, Areia Branca, Rio Grande do Norte


Eu nunca me senti assim antes, em completo êxtase, sem ter transado. Que coisa doida! Lauren consegue provocar em mim todas as emoções possíveis em apenas um dia. É esquisito que meu corpo se contente somente com sua presença e não entre em abstinência sexual. Ah, não estou me enganando, eu quero muito — e vou! — fazer sexo com ela. Eu lhe arrancarei todas as virgindades até cobrir sua pele com minha marca. Ela vai se esquecer daquela vadia sem coração, que um dia

pensou que podia ser sua mulher, e será meu nome que chamará em pleno gozo.

Um arrepio delicioso me transpassa a coluna ao pensar em ouvi-la de novo tendo um orgasmo, consciente de que fui eu que lhe dei. Não é apenas questão de tesão, mas de conexão profunda. As verdades que foram ditas por nós duas, por mais dolorosas que tenham sido, esclareceram muita coisa. Pela primeira vez na minha vida, a amizade despretensiosa surgiu antes do desejo carnal. Isso não é totalmente exato, mas, a ausência do ato em si, tornou possível uma convivência honesta, embasada em carinho sincero, não apenas em pele e fogo.

Adormeço envolta na mais completa alegria e acordo melhor ainda ao encontrar seus braços ao meu redor, do mesmo jeito de quando caímos no sono. Tenho dó de me mexer, mas preciso fazer xixi. Consigo me separar dela sem acordá-la e saltito nas pontas dos pés até o banheiro. Fecho a por atrás de mim e começo a pensar que não é justo arrastá-la pelo Brasil como se ela não fosse capaz de selecionar seu próprio roteiro de viagem. Estamos visitando lugares em um ritmo frenético, desse jeito vamos encurtar, e muito, os tantos meses que eu gostaria de prolongar essas férias. Só faz uma semana que saímos de Itaú de Minas? Meu Deus!

Considerando que Lauren é mais do que uma parceira, é minha amiga, minha companheira e uma querida, com quem eu verdadeiramente me importo, vou lhe mostrar minha listinha de destinos e discutir os próximos passos da nossa aventura, incluindo destinos que ela gostaria de visitar, como fizemos com Pernambuco. Vou parar de tomar as decisões sozinha também, como fiz com relação à festa que quase destruiu a confiança que conquistamos ao longo desses oito dias. A partir de hoje, ela vai participar de todas as decisões e não será obrigada a mais nada. Não darei uma de louca, nem a pressionarei. Isso não vai dar certo se ela não escolher por livre e espontânea vontade.

Quando termino minha higiene me dou conta de que acabou. Meu martírio teve fim! Uhul! Estou livre dos absorventes e das calcinhas! Aleluia! Levanto as mãos para o alto e dou pulinhos. Não via a hora. Quero me purificar, por isso, entro debaixo do chuveiro, nua e livre, para lavar do meu corpo qualquer vestígio da maldita menstruação. Às vezes — só às vezes, porque eu me amo do jeitinho que sou! —, é um saco ser mulher, mas aí me lembro das vantagens e me esqueço dos pontos negativos. Os positivos incluem orgasmos múltiplos e penetração dupla.

Retorno ao quarto pelada, desfrutando a liberdade total reconquistada. Ai, como a vida é boa! Lauren está acordada e sorrindo, mas quando percebe a falta de roupas sobre meu corpo, cora e fica séria. Que fofo! Tenta cobrir a cabeça com o lençol, mas eu me jogo na cama, segurando o tecido com força e pairando acima dela como uma gata selvagem e perigosa.

Eu Nunca - Camren (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora