João Pessoa, ParaíbaQueria ter percebido antes que eu estava diante de uma virgem, mas quem — Santo Cristo da castidade — ainda é virgem aos vinte e seis anos, em pleno século vinte e um? Ainda mais uma mulher como ela! Não sou machista nem sexista, contudo
— PUTA QUE PARIU! — essa possibilidade nunca me passaria pela cabeça se Lauren não tivesse me dito com todas as letras. Busquei todo tipo de justificativa para sua relutância, menos a verdadeira. Isso prova para mim, mais uma vez, que a gente nunca conhece uma pessoa totalmente se ela não permitir.
Depois do susto inicial, não pude acreditar na minha própria cegueira. Estava na minha cara o tempo todo! Eu me gabando de ser experiente e não sacando o óbvio! Deus me fez muito distraída, não tenho noção. Ri muito de mim mesma porque era o que me restava fazer. Que burra, meu! Aos poucos, meu corpo foi tomando consciência da oportunidade e eu percebi que transar com o Lauren seria a melhor experiência da minha vida. ÚNICA! Fui tomada por um tesão absurdo, e o álcool borbulhando no meu sangue me fez ferver mais.
Eu me lembrei da minha primeira vez, de como foi especial e inesquecível, e me obriguei a dar isso a ela. Só que eu não queria ter parado no boquete. Queria ter lhe dado todas as primeiras vezes de sua vida! Excitada do jeito que ainda estou, eu lhe daria TUDO antes do amanhecer. Em vez disso, no entanto, aquele copiloto cretino de uma figa — que teve coragem de nos interromper duas vezes! — ajudou o piloto a pousar o jatinho no Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto
— olha a ironia! — e fui obrigada a me recompor e desembarcar com minha mochila.
Ainda bem que não estou usando calcinha, porque senão ela estaria encharcada e me incomodando muito agora, enquanto pegamos um táxi direto para a pequena faixa de areia conhecida como Ponta do Seixas. Se não corrermos, vamos perder o despontar do sol e nem o melhor sexo vai fazer eu me atrasar para este espetáculo. Eu sei que tem amanhecer todo dia, mas se não o vir hoje não terá a menor graça. Já estamos aqui mesmo, depois a gente dorme e transa. Lauren também não vai a lugar nenhum sem mim, nem que eu precise amarrá-la à cama. AI, MEU DEUS! Minha mente instigada a visualiza presa por técnicas complexas
de bondage, que eu conheço bem, e totalmente ao dispor de minha vontade.
Parece que minha parceira de viagem perdeu a língua de tão quieta que está. Depois de soltar um monte de palavrões — agindo muito diferente de si mesma — e confirmar que estava pronta para mais uma aventura na natureza exuberante do Brasil, Lauren não falou mais nada. Nenhuma palavrinha sequer. Tenho até medo de entrar em sua mente e descobrir o caos que deve estar por lá. Ela viveu duas décadas e meia acreditando que o mundo era limitado por concepções rígidas e ditatoriais, e agora descobriu que não existem barreiras para o desejo. Está assustada e acuada diante da liberdade conquistada. Se fosse eu, estaria perdidinha, sem saber o que provar primeiro!
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Eu Nunca - Camren (+18)
Fanfiction𝙊 𝙦𝙪𝙚 𝙫𝙤𝙘𝙚̂ 𝙛𝙖𝙧𝙞𝙖 𝙨𝙚 𝙙𝙞𝙫𝙞𝙙𝙞𝙨𝙨𝙚 𝙪𝙢 𝙥𝙧𝙚̂𝙢𝙞𝙤 𝙙𝙚 𝙩𝙧𝙚𝙯𝙚𝙣𝙩𝙤𝙨 𝙢𝙞𝙡𝙝𝙤̃𝙚𝙨 𝙙𝙚 𝙧𝙚𝙖𝙞𝙨 𝙘𝙤𝙢 𝙪𝙢𝙖 𝙙𝙚𝙨𝙘𝙤𝙣𝙝𝙚𝙘𝙞𝙙𝙖? Camila Cabello, uma mulher bem-resolvida que ama viver a liberdade plena, sa...