Capítulo 19

1K 66 33
                                    

Em um barco abandonado, meu novo paraíso particular, Rio Grande do Norte

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



Em um barco abandonado, meu novo paraíso particular, Rio Grande do Norte


     Meu coração ainda bate muito depressa. Não consigo fazê-la parar de me deixar com essa sensação maluca que mistura nervosismo e felicidade plena. Camila está em meus braços, encaixada em mim, enquanto olho o céu repleto das estrelas que testemunharam o instante exato em que o meu desejo alcançou o topo. Eu nunca tinha me sentido tão completa. A minha primeira vez foi melhor do que eu podia ter imaginado um dia, melhor do que sempre sonhei. Estou muito suada, apesar de agora já estar esfriando um pouco, sobretudo por causa da brisa marítima, mas tão realizada que não posso deixar de sorrir para o alto.

     Camila se remexe um pouco, atiçando-me, esfregando sua pele nua na minha. Beija-me o pescoço suavemente e alisa meus cabelos molhados de suor. Apesar de eu quase não ter feito esforço algum, ela que fez questão de controlar o vai e vem dos nossos corpos, todo o medo e o nervosismo me deixaram exausta. Ainda posso sentir seu calor e umidade em mim, o que me deixa perturbadaramente louca. Não podia imaginar que fosse tão gostoso. A sensação de possuí-la é única. Mal posso acreditar que dei adeus a tudo o que me impedia de tê-la só pra mim. Não me arrependo. Não sinto a menor culpa. Fiz porque quis, porque precisava e porque eu a adoro. Camila é a minha melhor amiga, a única que realmente tive a vida toda.

     — Será que a gente pode passar a noite toda aqui, nesse barquinho? — pergunta sem me olhar, com o rosto ainda afundado em meu pescoço. Aperto o nosso abraço e solto um riso suave. — É sério, não quero que esse momento acabe.

     — Eu também não, mas acho que você vai começar a sentir frio daqui a pouco. — Aliso seus cabelos com uma mão, colocando-lhe uma mecha para trás da orelha. — A temperatura está baixando muito rapidamente. Temo que pegue um resfriado.

     Camila se ergue um pouco e fica sentada ereta sobre mim. Presto muita atenção em seus seios, lembrando-me do quanto são bons de chupar. O pensamento me deixa um pouco constrangida, porém também sinto meu membro querendo enrijecer novamente. Fico com mais vergonha ainda, afinal, ela com certeza vai notar quando eu estiver completamente dura, já que não nos separou desde que gozamos ruidosamente. Ela percebe meu desconcerto e ri, rebolando a cintura de um jeito sensual.

     — Eu não sabia que você era insaciável, Lauren... — Oferece-me um olhar cheio de malícia.

     — Isso é uma ótima notícia!

     — Eu... — Ofego e paro, sem saber o que dizer. Camila deposita o dedo indicador nos meus lábios.

     — Você está bem? Como se sente? — pergunta, e me sinto cuidada por ela. Camila se importa comigo, isso me emociona e faz com que eu tenha certeza de que não fiz nenhuma merda ao permitir que chegássemos tão longe.

     — Eu me sinto diferente.

     — Diferente? Como? — Ergue uma sobrancelha, interessada e muito curiosa.

Eu Nunca - Camren (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora