CAPÍTULO 15

228 38 2
                                    

AVISO: CONFIRA A ORDEM DOS CAPÍTULOS! O WATTPAD BAGUNÇA OS MEUS!

**************

MATHEUS

Eu não consigo me mover.

Com o coração disparado, sinto meu lobo uivar dentro de mim, desejando, implorando para sair... Não. Não para sair, para marcá-lo. Para marcar Samuel como meu.

Depois que a porta da sala se fechou, solto um suspiro, se de angústia ou desejo, não sei.

Samuel estava em pé, há dois passos de mim. Dois malditos passos.

Eu não sei o que fazer, não sei o que falar, e me lembrei de quando Hera e Lorena se viram pela primeira vez, agora faz tanto sentido ela ter saído correndo, porque é o que eu quero fazer no momento, pelo menos uma parte de mim quer.

Samuel pigarreou. Com uma mão na cintura e uma atrás do pescoço, massageando, sinto o cheiro do seu nervosismo, talvez ele queira fugir também.

— Então... — ela fala, a voz grave falhando. Ele pigarreou e tentou novamente. — Olha, se preferir eu não conto para ninguém que isso aconteceu, não precisamos... — franzo o cenho, sem entender o que ele quer dizer, já que meus olhos não desgrudam da sua boca cheia e carnuda, ou dos seus olhos, amarelos, como os da minha irmã, lindos e hipnotizantes. — ... eu sei que sua família pode não aceitar, então só vamos fingir que isso não aconteceu...

— Espera. — O interrompo. Ciente do notebook em uma das minhas mãos e o celular noutra, os deposito no sofá, quero as mãos livres. — O que você está falando? — Inalo com força, era cheira tabaco, muito bom. Percebendo, Samuel dá um passo para trás com as mãos levantadas.

— Você é o filho do Supremo Alfa, a sua família... é a Família Real... e eu... eu não sou ninguém, não sou aristocrata e muito menos alguém com um cargo ou trabalho importante, duvido que me aceitem, a sociedade não vai ver com bons olhos, então eu prefiro que isso não saia daqui, sem querer te desrespeitar, senhor — ele diz com a voz oscilando. Como filho do Supremo Alfa, eu sou tratado como o próprio Supremo, uma tradição de respeito à família que cuida da espécie.

Compreendo o que Samuel diz e dou um passo em sua direção, vejo quando o corpo dele trava no lugar, tenso. No entanto, ele não fez menção de se mover.

— Não sei porque está preocupado com isso, mas entendo o porquê. De qualquer forma, eu ainda não disse o que penso, o que acho de você... companheiro — falo. Samuel engole em seco, com os olhos bem abertos.

Dou mais um passo na direção dele e estamos próximos.

— E o que o você... acha? Da união? — ele pergunta e noto o rubor subindo por sua face.

— Eu acho... — Encerro a distância entre nós. Samuel é alto, quase da minha altura, perde somente por alguns centímetros. Sinto o calor do seu corpo emanando para o meu e seu hálito fresco cheirando a hortelã me alcança. Samuel me olha, atento, esperando uma resposta. — Magnífico.

Antes que termine de pronunciar a palavra, o agarro pelo pescoço e minha boca mira a sua. Samuel não me afasta ou resiste, pelo contrário, ele se permite sentir o que nossos lobos e nossos corpos tanto querem naquele momento: unir.

Depois de incontáveis minutos de beijo, as peças de roupas foram sumindo e não me importei de que alguém entrasse e visse o que estava prestes a acontecer ali. Já sem a parte de cima, paro para contemplar os músculos definidos de Samuel e tento não rosnar como um animal enlouquecido.

Sem muita alternativa, paramos no chão, nos beijando enquanto nossas mãos exploram o que nossas bocas vão experimentar logo mais. Depois de satisfeito com a parte de cima, desço beijando seu abdômen, Samuel rosna de desejo. Num piscar de olhos não havia mais calças entre nós, somente cuecas, e para provocá-lo, passo as mãos sobre a protuberância que seu membro causou na cueca.

— Quer saber o que mais eu acho, Samuel? — pergunto acariciando o seu membro, ele geme. Me deito em cima do seu corpo, sentindo o calor da pele dele na minha de uma maneira incrivelmente prazerosa. Em seu ouvido, sussurro: — Acho que não dou a mínima para o que qualquer um vai dizer.

Antes que ele reaja, volto para sua cintura e rasgo a cueca. Seu membro salta, duro e orgulhoso. Com uma das mãos começo a acariciá-lo em movimentos lentos, em determinado momento, Samuel ergue a cintura para tentar apressar as coisas, mas vou devagar, apreciando a sensação do membro quente e duro em minhas mãos.

Subo sobre o seu corpo sem parar de tocá-lo enquanto ele geme, e só então, depois de me acomodar com parte do meu corpo sobre o dele, aumento os movimentos. Quando ele goza rosno e o mordo no ombro, sentindo o gosto do seu sangue em minha boca.

— Você é meu — digo em seu ouvido, sentindo seu corpo estremecer por conta do orgasmo. O cheiro do nosso sexo e da nossa união se espalha pela sala, mas sei que ainda não é o suficiente para marcá-lo para o resto da vida. — Ainda não acabamos, companheiro. Eu vou te marcar direito.

PASSADO - SÉRIE ONE WOLF VOL. 3Onde histórias criam vida. Descubra agora