CAPÍTULO 24

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***

LORENA

Me surpreendo com o clima quente — como no Brasil — do Canadá. Não sabia que o país podia ser tão quente mesmo no verão, admito que gosto da sensação, se fechar os olhos posso imaginar que estou no Brasil. Após a reunião na sala de guerra, Hera me guiou até o seu carro, não faço perguntas pois estou admirada demais com as coisas ao meu redor. Chegamos na Alcateia Suprema durante a madrugada, estava tudo escuro e não pude ver quase nada, mas agora, mesmo que tudo pareça bonito e vivo, me sinto deslocada.

Hera dá partida no carro e conforme passamos pelas casas, as pessoas nas ruas acenam para ela.

Apesar das diferenças com as alcateias brasileiras, a Alcateia Suprema funciona da mesma forma, é um condomínio fechado com lojas e tudo o que os lycans precisam. Mesmo agora com a trégua entre as espécies, o Supremo mantém o conselho de que todos façam o possível para não sair dos condomínios, afinal ainda temos problemas com "rebeldes", que não pensam duas vezes antes de matar alguém somente para irritar o Supremo e os Alfas, além do mais, os vampiros rebeldes e bruxos rebeldes — mesmo que sejam poucos, segundo seus líderes afirmam — ainda são um risco.

— Não sabia que aqui era tão... vivo — digo admirando o lugar movimentado pela janela do carro. Hera sorri enquanto põem um óculos de sol.

— Você ainda não viu nada, mas vou te mostrar o que der antes de voltarmos — ela diz e me lembro da escolha que ela fez por minha causa.

— Obrigada, por escolher voltar ao Brasil — murmuro a encarando.

— Não precisa me agradecer — ela dá de ombros.

— Preciso sim — insisto. Hera suspira com uma carreta. — Desde que passamos a conviver, tenho a impressão de que você não via a hora de voltar para cá.

— Não é isso, o que me incomoda lá é eu ter sido colocada como Alfa, fora isso, não tenho nada contra o Brasil, além do mais, já tive muitas casas, chega uma hora que o lugar não importa desde que eu esteja bem acompanhada — Hera explica e assinto.

— Onde vai me levar? — pergunto para mudar de assunto e um sorriso toma seu rosto.

— Vou te levar para correr comigo. Não nego que a floresta no Brasil é incrível, mas você vai entender por que aqui é mais apropriado para os lobos.

— Veremos — digo e ela ri.

— Veremos.

***

A viagem dura mais do que imaginei, isso porque Hera decidiu fazer um tour pela alcateia, me mostrando os locais de treinamento e me explicando que se não lhe encontrasse na mansão ela estaria ali. Hera mostra os lugares com empolgação, ouço ela discorrer sobre seus lugares favoritos, me mostra o restaurante que mais gosta e promete me levar lá mais tarde.

Ela me mostra o Centro de Reuniões e Conferências, como é chamado ali, e só então me leva para a floresta. Quando estamos nos aproximando, vejo o topo das árvores pontudas se aproximando e é inevitável não me lembrar da história da chapeuzinho vermelho.

Assim que Hera estaciona o carro num estacionamento perto do portão de saída, esperamos os Guardas abrirem os portões para entrarmos na floresta. O vento frio das sombras das árvores me atinge e me sinto nervosa, isso não passa despercebido por Hera.

— O quê foi? — ela pergunta e balanço a cabeça negativamente, Hera põem as mãos na cintura.

— Só me lembrei que aqui tem ursos — murmuro e Hera pisca por uns segundos com o cenho franzido, de repente, sua risada se espalha pela floresta e a olho irritada. — Não tem graça — digo cruzando os braços.

PASSADO - SÉRIE ONE WOLF VOL. 3Onde histórias criam vida. Descubra agora