▪︎Vicenzo▪︎
Frente a frente com Aurora pude observá-la ainda melhor,já que teve a inteligência de erguer a cabeça. Arquear as sobrancelhas fez a minha ficha cair e só agora percebi o quão ousada essa garota é. Aurora tenta abri a boca para responder ,mas a sua tentativa é nula. A minha mão se perde nas madeixas do seu cabelo longo e entrelaço os seus fios na minha mão e consecutivamente ergo o seu rosto mantendo-o próximo ao meu.
- Quanto mais tenta fugir de mim mais eu fico fascinado, principessa.
Com o auxílio do meu polegar faço movimentos menos bruto quanto gostaria, pode até ser confudido como uma... carícia.
- Para sua sorte não estou conseguindo ficar irritado com a sua rebeldia. E eu não irei te deixar ir embora
Ainda.
Aurora: Rude! é o que você é e sinceramente você mereceu passar por tudo que seu pai fez com você. Você é como ele, bru...
Foi tudo muito rápido, ela conseguiu despertar a fera adormecida. Ouvi-la pronunciar tais palavras foram o ápice do momento, não ouve controle da minha parte. Todos os abusos físicos passaram pela minha mente e por um instante lembrei de toda dor que ele me fazia passar.
Foi o cúmulo.
Uma das minhas mãos foram ao encontro do seu pescoço e aperto fortemente querendo ver aquele sorriso a desaparecer conforme os meus dedos pressionavam ainda mais o local e aos poucos seu corpo foi perdendo as forças e cai desfalecido sobre os meu pés. Porém isso não aconteceu. Ouço sussurros incompreensíveis nos quais sou incapaz de entender. Sinto o toque do desespero apertando o meu braço com tanta força que tive a certeza do quão errada se encontra essa situação. Afasto-me rapidamente de Aurora e seu rosto está pálido,os olhos prestes a fechar e os lábios ressacados.
Eu ia matá-la, por ele, é tudo culpa dele.
Ainda encostada na parede, Aurora desliza o seu corpo da parede até ao chão. O seu choro é baixo, mas audível. Sua mão acaricia a região do pescoço marcada por causa da minha raiva e medo que ainda tenho por ele. Ciente do meu erro , sinto a culpa dominar todo meu corpo, mesmo quando não deveria. E se eu avançasse demais? Ela estaria morta, e merda, eu quero ela viva.
Muito bem viva
Mesmo ela me odiando.
Aurora: V-você ia me matar.
Fecho os olhos puxando os fios do meu cabelo e me sinto sujo e marcado pela dor. Porém foi ela que tocou no assunto pouco conhecido por muitos. Quem deve ter contado para ela? Eleonora... ela é a única que sabe sobre o meu passado.
- Vá para o seu quarto- ordeno de forma clara, curta e objectiva.
Vou até ao armário das bebidas e tiro um Whisky e despejo o líquido na boca. O álcool não parece fazer efeito, mais um motivo para aumentar a minha frustração.
Aurora: Vicenzo...e...eu- A voz sussurrando o meu nome. Maldição!
Vicenzo: eu já mandei você ir para o seu quarto, não quero ouvir a sua voz ou irei ser obrigado a terminar algo que já comecei.
Aperto a garrafa contra os dedos e continuo de costas e observando a vista do céu estrelado.
- Detesto deixar meus serviços pela metade.
Foi o suficiente para ficar sozinho outra vez. Como de costume.
Será sempre assim.
A solidão será sempre a minha melhor companhia.
Pessoal eu sei que o capítulo foi meio curto, mas é que ando meio ocupada, então desculpa. Irei publicar mais dois hoje e também serão meio curtinhos, mas é isso bjs e não esqueçam de votar♥️
VOCÊ ESTÁ LENDO
My Demon
RandomEle é o Don da máfia Ndrangheta Ela é vendida como um presente de desculpas Ele é considerado um demónio Ela é rebelde e doce ao mesmo tempo Ele não à ama Ela o odeia