Capítulo XXX

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•Aurora•

"A vida é muito curta para permanecer chateado com alguém o resto da vida"

Após a nossa saída fiz o meu chekout apreciando a tímida carícia feita pelo polegar de Vicenzo na minha mão. Posso senti-lo nervoso e um tanto apreesensivo , mesmo mantendo uma expressão robusta e indecifrável. Aperto com leveza a sua mão na esperança de lhe tranquilizar querendo fazê-lo entender que está tudo bem.

A quantidade de homens devidamente trajados com cor escura me assustam um pouco, pois não me recordo de ver Vicenzo andando tão protegido assim. Mesmo sendo o homem importante no ramo da máfia.

Vicenzo abriu a porta do seu automóvel de luxo esbanjando cavalheirismo e irrelevância no quesito de ter feito tal ação perante a outros homens. Poucos segundos depois ele senta no banco de motorista e não consigo controlar a vontade de juntar os nossos corpos.

Vicenzo se vira para o banco de passageiro e revela um lindo buquê de rosas brancas e grande, bem grande.

Vicenzo: toma são as suas favoritas- ele diz e me entrega o lindo buquê.

- MEU DEUS!!! QUE LINDOOO- grito empolgada e sinto uma lágrima a escorrer- Porquê tantas flores?? - pergunto ainda admirando

Vicenzo: são os 91,3105497 dias que você ficou longe de mim.

- Você contou os dias em que estivemos separados?? - pergunto incrédula

Vicenzo: é claro que sim

- Seu bobo- sorrio de maneira afetiva e dou-lhe um breve selinho.

Deito a cabeça no seu ombro pondo a mão esquerda sobre sua perna ouvindo-o suspirar antes de ligar o motor do carro e avançar nas ruas movimentadas da cidade.

No decorrer do caminho o silêncio predominou , felizmente ele não era incómodo, e sim o facto de Vicenzo olhar a cada segundo o retrovisor parecendo estar preocupado. A sua preocupação é fácil de ser notada, tanto quanto a sua inútil tentativa de conter o nervosismo. Opto em não questionar, não agora. O motor do veículo é desligado anunciando a nossa chegada e não consigo conter a admiração com a diversidade de carros a minha volta.

- Me diga que não são todos seus- Sou surpreendida pela sua mão fria segurando a minha, outra vez.

Vicenzo: todos eles são meus- Boquiaberta , engulo seco controlando a minha surpresa.

Enquanto andávamos até ao hall , Vicenzo continuou segurando a minha mão descosiderando qualquer possibilidade de soltá-la, olho de relance para o homem do meu lado extasiada por tamanha beleza e elegância. A porta é aberta e vejo Eleonora nos esperando na sala , largo as mãos de Vicenzo e caminho até com alegria e dou-lhe um abraço apertado logo de seguida.

Eleonora: sua barriga está crescendo- ele diz baixo no meu ouvido. Sim eu contei para ela sobre a minha gravidez.

- Eu sei que sim e já é o terceiro mês- sussurro para ela.

Conversamos por alguns minutos e depois subi para ao quarto do Vicenzo indo ao seu encontro. Abro a porta lentamente e vejo a bela imagem masculina olhando a cidade através da grande porta de vidro, caminho até ele e o abraço por trás.

- Desculpa por ter te chamado demónio sem coração- ele se vira para mim e dá um leve sorriso.

Vicenzo: relaxa princesa, você depositou confiança em mim quando me restou somente um grande vazio no meu peito , resgatou a minha humanidade provando que há esperança para mim. Este tempo todo Carmini estava errada ao meu respeito, pois encontrei alguém que consegue domar a fera existente aqui dentro. Você Aurora Villanueva, é mais do que o suficiente para arrancar sorrisos dos meus lábios. Necessito somente de você para lidar com o mundo alheio e contigo ao meu lado nada mais me importa. Eu amo você Aurora. Eu simplesmente te amo e sou o cara mais sortudo e mais fodido desse mundo.

My DemonOnde histórias criam vida. Descubra agora