Capítulo XXVII

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•Aurora•

Destruída.

Magoada.

Enganada.

Dor.

o palavras nas quais eu expresso os meus sentimentos neste exato momento. Eu confiei em Vicenzo, eu estava decidida a amá-lo e a salvá-lo dos seus próprios demónios. Mas, Vicenzo sempre será um demónio, um demónio sem coração , alguém que nunca terá salvação.

Como? Como é que ele pode ter sido tão egoísta ao ponto de matar alguém que apesar de não ter sido alguém incrível foi alguém muito importante para mim. Vicenzo matou o meu pai, o homem que nunca foi tão amoroso comigo, mas ele tentava ser alguém melhor.

Eu deveria estar com raiva? Sim, eu deveria estar, mas graças à ele eu conheço pessoas incríveis, mas que uma delas acabou por me ferir. Eu sei que regras são regras e quando se é um mafioso você deve cumprir com as regras, só que eu sei muito bem que tinha uma outra forma de castiga-lo, infelizmente Vicenzo é um egoísta e decidiu ir pelo caminho que ele mais gosta, matar.

Vou até meu quarto e pego a minha mala que já se encontra arrumada, com pressa desço até ao andar de baixo e me esbarro com Eleonora que me olha preocupada e confusa.

Eleonora: o que aconteceu querida?

- Eu vou embora Eleonora- digo entre soluços

Eleonora: deixa eu adivinhar, Vicenzo.

- Vicenzo agiu de forma egoísta e matou o meu pai , eu vou embora daqui e nunca mais volto, obrigada por tudo- abraço-a e continuo a caminhar

Eleonora: você tem certeza?

- sim Eleonora eu nunca estive tão decidida sobre algo como estou agora.

Vicenzo: Você diz que eu fui egoísta mas quem está indo embora e desistindo de nós é você- Vicenzo aparece de repente e seus olhos estão vermelhos, ele chorou?

- Você me magoou Vicenzo e você sabe muito bem disso, eu queria amá-lo Vicenzo, mas você não tem sentimentos, você é um demónio que nunca irá amar ninguém- olho diretamente nos olhos dele e sem pensar duas vezes me viro e saio da casa.

Sem rumo nenhum pego um uber e peço para parar em dos hotéis mais próximos, como estou usando um dos cartões de Vicenzo eu irei usar até não sobrar absolutamente nada. Eu queria voltar para casa, mas não aguentaria ver minha mãe chorando, talvez eu vá visitar ela na próxima semana. Faço o meu chek-in e levo as minhas malas até ao meu novo lugar temporário.

Abro a cortina da suite e observo várias pessoas se movimentando de um lado para o outro e outras estão paradas no parque central da cidade. Minha mãe sempre dizia que " nada durava para sempre" e eu sempre dizia à ela que as coisas só não duram porque nós não cuidamos bem delas, eu gostaria de dizer que minha mãe estava errada , só que, por um momento Vicenzo chegou e me fez esquecer desse detalhe...por alguns instantes.

Não sei se estou agindo da maneira certa, mas eu preciso de um tempo para pensar em tudo o que está acontecendo.

Eu preciso de um tempo para assimilar tudo e para me encontrar.


My DemonOnde histórias criam vida. Descubra agora