Coma

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Supresaaaa! Falei que eu ia cumprir o que prometi no natal :)

Mais um capítulo escrito com carinho, espero que vocês apreciem e valorizem esta autora que resolveu voltar com uma pequena maratona para se redimir.. :)



Luiza POV


Dias atuais...


Natal passou e, pela primeira vez, não comemorei. Ninguém do nosso ciclo comemorou, na verdade. Toda a família de Valentina veio ao hospital, inclusive a dona Lúcia, tivemos um pequeno momento de oração na pequena capela que havia ali, nos felicitamos na medida do possível que cabia na nossa situação.

A pedido de Marcos e Igor, eu resolvi dar uma trégua para Catarina. A mulher estava completamente abalada e arrependida pelas besteiras que falou. Até mesmo a dona Lúcia, depois de muito diálogo com o marido, estava se compadecendo de toda a situação.

Infelizmente, os médicos não estavam muito esperançosos, todos os procedimentos possíveis já haviam sido feitos, estávamos à espera apenas de que ela reagisse.

Para ser honesta, nem mesmo a minha esperança estava muito viva... nessa véspera de um novo ano, já não sei ao certo se levo esta esperança desesperançosa comigo ou se deixo ela nesse ano que se vai e tento buscar uma nova.




**




Novembro de 2023.


– Filha, você vai acabar furando o chão. – minha mãe disse depois de me ver dando voltas em nossa sala.

– Eu não consigo, mãe! – exclamo com um suspiro derrotado. – Eu preciso saber de alguma notícia. Ninguém fala nada de nada! Eu não sei da Valentina, não sei o que aconteceu com a dona Lúcia, eu necessito de alguma informação, do contrário, eu vou ficar maluca!

– Mas, Lu, ficar nesse nervosismo não vai dar em nada, meu bem. – até a calma da minha mãe estava me deixando mais apreensiva.

– Aconteceu alguma coisa, eu sei. – exaspero impaciente. – Já deu tempo da Duda saber de algo e ela não me fala nada já faz um tempo, aliás, ninguém fala nada! Eu já tentei até a Catarina, mãe!

– Calma, filha, vem cá, senta aqui comigo. – chamou-me com gesticulando com os braços.

– Mãe, eu não vou aguentar passar por isso de novo. – confessei me aconchegando em seu abraço. – Eu não posso passar por essa agonia mais uma vez. – completei sentindo lágrimas rolarem por meu rosto.

– Meu amor, acalma esse coração. – ela pedia fazendo carinho em minhas costas.

– Como me acalmar, se eu não tenho notícias? Se ninguém fala nada? – olho para seu rosto, as lágrimas já começam a embaçar um pouco a minha vista. – Aconteceu alguma coisa com ela, mãe.

– Seja lá o quer que tenha acontecido, de nada vai adiantar esse nervosismo todo agora.

– Eu vou até lá! – exclamei levantando do sofá novamente.

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