Boa tarde, amadas leitoras! Cheguei pra acabar com essa agonia de vocês de "bota vestido preto, tira vestido preto" rsrsrs Bem, sem muitas delongas porque eu nem tenho muito o que falar sobre o capítulo. Só espero muito que apreciem... :)
Valentina POV
Observar o céu à noite sempre foi algo que me acalmou. Gosto da tonalidade escura de azul que o céu adota durante esse período do dia. Gosto dos milhares de pequenos pontos luminosos que pintam a enorme tela escura. É tão lindo e perfeito, as estrelas brilham de tal ponto que eu até compreendo a pitada de exagero que Van Gogh usou em sua tela mais famosa. É como se, depois de muito olhar, elas crescessem.
Mas não hoje. Assim como a expressão que carrego comigo, o céu também parece estar triste. Opaco e nublado, nem a lua apareceu.
Eu insisti em ficar no hospital. Só saio daqui quando Lucas sair daquela cama. Minha mãe e Igor tentaram insistir para que eu fosse pra casa para descansar, mas eu estava irredutível em minha decisão. Decidi dar uma volta e vagar pelos inúmeros corredores daquele hospital. Andei sem saber ao certo para onde tava indo, acabei encontrando a porta de saída de emergência e, tal e qual a adolescente inconsequente que fui, resolvi subir às escadas até o terraço do prédio para tomar um pouco de ar. Pra minha sorte, não encontrei ninguém que me impedisse.
"Eu só te pedi uma coisa, Valentina!"
A voz firme de Luiza ainda ecoava em minha mente.
"Você só tinha que convencer o Lucas de não participar dessa merda dessa corrida!"
Fecho os olhos com força, tentando afastar a voz dela.
"A culpa é sua, Valentina!"
E se eu tivesse mesmo conseguido convencer ele de não ir na bendita corrida? Será que ele teria passado mal de alguma outra forma? Lembro da cigana que falou com ele antes da corrida e me arrepio inteira. Aposto que ela deu algum aviso, um sinal ou até mesmo um veredito sobre o que tava por vir. Gostaria de poder encontrar com aquela mulher novamente, mas eu mal vi seu rosto, não saberia identificá-la.
N/A: quando a cigana leu a mão do Lucas, ela viu que a linha da vida dele era curta, e disse no ouvido dele que um problema de saúde muito ruim estava prestes a acontecer com ele.
Play na música Ocean Eyes - Billie Eilish (pode deixar rolando até a parte do narrador)
Sento no chão e me encosto no guarda corpo do terraço. Pego meu celular e busco algumas fotos que tinha minhas com Lucas, em minha galeria. Uma tirada em um aniversário do meu pai me chama atenção e eu me teletransporto para aquele dia.
Flashback on
O salão de festas do edifício Solar da Floresta estava um pouco mais cheio que o normal, aposto que a notificação da multa por excesso de convidados iria chegar na segunda, pela manhã, antes mesmo que acordássemos.
Era aniversário do meu pai e ele resolveu que, esse ano ele queria comemorar com estilo. Fechou o salão de festa e saiu convidando quem vinha na mente dele. Havia gente ali que eu nunca nem tinha visto na vida.
Estava bebericando minha cerveja quando sinto mãos tapando meus olhos. Nem precisei protestar para saber quem era, aquele perfume era inconfundível.
– Eu sei que é você, B2. – falo tirando suas mãos de meu rosto e me virando. – Ih, tirou tua blusa de uma garrafa foi? – pergunto risonha apontando para sua blusa toda amarrotada.
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Depois de você...
FanfictionValentina é uma jovem fotógrafa em ascensão, sonhadora e aventureira, em busca de aprimorar sua carreira. De volta ao Brasil, após um ano fora em mais um curso, não vê a hora de matar a saudade de sua família. Em seu retorno, numa visita à praia, se...