Boa madrugada, amadas leitoras! Me perdoem pela hora, mas é que minha inspiração anda com o relógio biológico bugado, e eu tava ansiosa pra postar logo haha... Bom, eu espero que apreciem e tenham uma boa leitura :)
Luiza POV
Regozijada. No dicionário era definida como "encher-se de alegria ou contentamento, ter prazer com algo". Pois eu estava, indubitavelmente e inevitavelmente, regozijada por demais. Eu nem sei dizer o que eu tinha na cabeça quando resolvi pegar as chaves do meu carro ontem e dirigir do Rio até aqui. Eu nem tinha intenção de nada. Nem eu sei o que realmente eu queria. Eu só queria vê-la, conversar e, quem sabe, entender a razão de sua fuga.
Se alguém pudesse olhar a situação de fora e sem entender todo o contexto do que aconteceu naquela sala lá embaixo, na noite passada e nesse quarto por boa parte da madrugada, poderia dizer que eu dirigi por quilômetros só para ter uma boa transa. A verdade é que eu só queria conversar, o que Valentina não parecia estar muito afim de fazer, ela foi bem escorregadia de início. Não a julgo, ela fugiu e preferiu se isolar, eu que fui enxerida de aparecer aqui de repente, sem respeitar o espaço dela. Mas foda-se! É meu jeitinho absurdamente impaciente de ser. Ou eu resolvo logo as coisas, ou mando à merda, esse negócio de ficar adiando não funciona comigo. E ela não tem do que reclamar, afinal. Pelo menos não foi o que me pareceu pelas horas em que nossos corpos se emaranhavam querendo se fundir em um só.
Por falar na noite passada, desperto com a mente borbulhando em lapsos de memória de tudo o que aconteceu. Suspiro com um sorrisinho de canto, tanto pelas lembranças, como pela constatação de que não havia sido alguma espécie de sonho erótico. Aconteceu mesmo e eu estava esparramada, metade sobre o colchão e metade sobre o corpo dela. Passo a mão de leve por sua pele, antes mesmo de abrir meus olhos, ela correspondeu acariciando minhas costas.
– Bom dia. – minha voz sai rouca sobre sua pele.
– Bom dia, dorminhoca. – responde passando seu outro braço por meu braço que a acariciava, até chegar à minha mão e entrelaçar nossos dedos. Nesse momento eu abro os olhos e olho pra cima, seus olhos ficavam ainda mais lindos ao acordar. Ela leva nossas mãos unidas aos lábios e deposita um beijo. – Dormiu bem? – pergunta derramando toda aquela imensidão dos verdes de seus olhos nos meus.
– Bem demais. – sorrio de olhos fechados e me espreguiço, sentindo meus ossos estalando. Repentinamente me recordo de que já é segunda. – Que horas são? – indago de cenho franzido e me sentando na cama.
– Não faço ideia. – Valentina também se senta um pouco atrás de mim, e distribui beijinhos pelo meu ombro desnudo. – Meu celular ficou largado na cozinha.
– Acho que o meu tá dentro da minha bolsa. – passo os olhos pelo quarto, tentando lembrar onde a deixei.
– Acho que você não desceu do carro com ela. – Valentina fala ao perceber que eu estava procurando.
– Meu Deus! – exclamo levando as mãos à cabeça. – Meus pais devem estar um poço de preocupação.
– Eles não sabem que você veio?
– Não. – respondo com a mão na testa. – Eu só vim, deu vontade, peguei as chaves do carro e vim. – completo dando de ombros.
– Alguém já te falou que você é muito impulsiva? – percebo-a sorrindo enquanto seus lábios tocam minha pele.
– É o meu jeitinho sutil de ser. – brinco sorrindo sem dentes.
– Tão sutil como uma bazuca. – retruca no mesmo tom brincalhão, sem tirar seus lábios de mim.

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Depois de você...
Fiksi PenggemarValentina é uma jovem fotógrafa em ascensão, sonhadora e aventureira, em busca de aprimorar sua carreira. De volta ao Brasil, após um ano fora em mais um curso, não vê a hora de matar a saudade de sua família. Em seu retorno, numa visita à praia, se...