Daniela e Malu - MAKTUB - Já Estava Escrito ✨

Incrédula!

Narrador: As duas mulheres tinham partido e agora ali, só restava Daniela que aos poucos, foi se dando conta de tudo o que realmente ouviu delas. Ainda não conseguia acreditar, chegava a ser ridículo o pedido das duas, mas sentiu que não estava bem, havia ficado abalada com toda a situação. Começou a chorar e num momento de raiva arremessou um objeto que se encontrava à mesa no espelho em sua frente!
Se recostou no sofá e ali, se permitiu chorar ainda mais e refletir sobre tudo. Estava deitada já algum tempo, todos já haviam ido embora desde que recebeu a sogra e a cunhada e se encontrava sozinha naquela sala. Na recepção, apenas duas funcionárias que aguardavam a saída da patroa para irem embora também.
Estava de olhos fechados, com as luzes apagadas, a dor de cabeça estava a assolando e não tinha ânimo pra levantar e pegar um analgésico, de verdade só queria que tudo aquilo fosse um pesadelo e que acordasse e tudo voltasse como estava durante essa manhã, mas seus pensamentos foram interrompidos com o toque do seu celular...
Se permitiu tirar os braços dos olhos e viu na tela o nome: Malu.
Deixou tocar uma vez, duas vezes, três vezes... não conseguiria atende-la naquele estado. Depois mandaria uma mensagem  e falaria com ela amanhã.

Malu ligou várias vezes pra Daniela, mas não conseguia falar com a amada, ela não atendia, nem respondia suas mensagens. Haviam combinado de se encontrarem no estúdio pra irem para seu apartamento, mas queria dizer-lhe que a buscaria mais tarde devido a um imprevisto na redação.

Quando 1h30 se passou do horário previsto, já que Daniela não respondia às suas ligações, foi direto para o estúdio.

- Boa noite, meninas. Daniela está por aí? Estou ligando para ela, mas não atende.
- Está sim... na verdade, já tem um tempo que ela está lá na sala sozinha.
- Ok, eu vou entrar tá!?
- Tudo bem, fica a vontade.

Malu foi entrando e ao chegar à sala que estava sua amada, um breu tomou conta de seus olhos, no qual, não conseguia enxergar nada à sua volta. Chamou por Dam, mas ela não respondeu. Passou a mão na luz e conseguiu iluminar o local. Havia localizado sua amada que ainda estava deitada com os olhos fechados, os braços servindo de empecilho para a luz não entrar em seus olhos.

- Dam, Dam? O que você tem?  Te liguei várias vezes, mandei mensagens e você não me respondeu - Malu se agachou e se sentou na ponta do sofá.

Daniela não tinha como não responder e com a voz embargada, disse:

- Oi, Malu. Não tenho nada, apenas um pouco de dor de cabeça, por isso não consegui te responder. Mas o que você está fazendo aqui?

- Ué, como assim o que estou fazendo aqui? Esqueceu que combinamos de irmos lá pra casa? - Malu não estava entendendo nada e de verdade, já estava preocupada com Daniela daquele jeito.

- Perdoe-me, estava tão entretida aqui com meu trabalho que acabei esquecendo.

- Tudo bem meu Amor, mas essa dor de cabeça, ainda está forte? Já tomou algum remédio? - Malu chegou mais perto dela e lhe deu um beijo na testa.

- Estou bem... já já passa! - levantou-se e se dirigiu à cadeira que estava sua bolsa e pegou um analgésico pra tentar espantar aquela dor de cabeça e poder pensar direito o que fazer.

Malu chegou perto da cantora e a abraçou por trás, fazendo o corpo de Daniela estremecer:

- Estava morrendo de saudades meu Amor - falou ao seu ouvido - vamos lá pra casa que cuido de você e te faço um dengo pra essa dor de cabeça ir embora.

Tudo o que Daniela queria era ficar nos braços da sua amada, mas depois daquela conversa e com aquela dor de cabeça infernal, não conseguiria ser uma boa companhia e teve que negar o convite da mulher abraçada a ti.

- Adoraria ser cuidada por você meu Amor, mas hoje eu não vou conseguir, vou pra casa, descanso e nos vemos depois.

- Sério que vai recusar meu convite e vai preferir ficar sozinha em casa, sem meus carinhos, meus cuidados, meus beijos - a virou de frente e foi beijando os olhos de Daniela, a testa, a pontinha do nariz, o queixo e quando suas bocas se encontraram, se permitiram se beijar... um beijo lento, com carinho e muitas saudades.